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Bombeiros Sapadores de Santarém em greve pelo pagamento de trabalho suplementar
FOTO - CM Santarém Ricardo Gonçalves assegura que a autarquia está a cumprir com todas as suas obrigações e contesta fundamentos da greve dos bombeiros

Bombeiros Sapadores de Santarém em greve pelo pagamento de trabalho suplementar

O socorro às pessoas continua garantido, assim como todos os serviços de socorro urgente, garante a corporação municipal. Presidente da câmara diz que todas as obrigações contratuais são cumpridas e apela ao bom senso.


Os Bombeiros Sapadores de Santarém iniciaram no dia 1 de Abril um período de greve para que seja “reposta a legalidade do pagamento dos vencimentos” por parte da câmara municipal, protesto que se pode estender até 1 de Maio e cujos fundamentos a autarquia contesta.
O socorro às pessoas continua garantido, assim como todos os serviços de socorro urgente. A greve aplica-se apenas aos serviços de transporte de doentes não urgentes, transferências inter-hospitalares, formaturas, formações, prevenções, limpeza e manutenção de viaturas e aquartelamento, serviços de logística e administrativos (excepto relatórios de ocorrências), entre outros.
Em causa está a “reposição do pagamento da média do trabalho suplementar realizado ao longo do ano”, a “retribuição e o descanso compensatório do trabalho realizado em dia feriado” e a “abolição do banco de horas imposto aos bombeiros sapadores”, numa greve que decorre numa corporação com “32 bombeiros sapadores, dos quais 19 ligados ao Sindicato” organizador do protesto, disse à Lusa Ricardo Cunha, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS).
“Iniciamos esta greve porque os bombeiros estão revoltados e porque, apesar das várias tentativas para negociar, a Câmara Municipal de Santarém não nos deixou outra alternativa”, disse Ricardo Cunha, referindo que se trata de um problema de ordem nacional que, em Santarém, “chegou a este ponto”.

Câmara diz que cumpre
todas as obrigações
Visão diferente tem o presidente da Câmara de Santarém. Ricardo Gonçalves (PSD) assegurou em comunicado que o município “cumpre na íntegra e pontualmente o estipulado na Lei relativamente ao pagamento de todas as quantias devidas aos seus trabalhadores, nomeadamente, aos Bombeiros Sapadores de Santarém”, e que “igualmente são assegurados todos os direitos legalmente previstos”.
No entanto, pode ler-se, “para que não subsistissem dúvidas quanto à actuação do município relativamente às reivindicações do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, foi solicitado (...) um parecer à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre essa matéria, o qual, logo que seja recepcionado pelo município, será levado ao conhecimento dos interessados”.
O autarca manifesta ainda “perplexidade e estranheza” pelo conteúdo do pré-aviso de greve emitido pelo SNBS, “quer quanto ao seu período temporal, quer quanto ao conteúdo dos serviços mínimos”. Acrescenta que “o bom senso deve prevalecer e que a garantia da prestação dos serviços de socorro e a vida das populações não pode, directa ou indirectamente, ser colocada em risco”, e que, “na perspetiva do município, as negociações continuam a decorrer, pelo que nada justifica a convocação de uma greve”.

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