Arrancaram na última semana os trabalhos de demolição das devolutas instalações do antigo hospital de Vila Franca de Xira, que vão dar lugar a um novo campus de saúde da Santa Casa da Misericórdia daquela cidade e que, depois de pronto, incluirá também uma clínica do grupo Luz Saúde.

O momento simbólico do arranque da demolição foi assinalado com uma cerimónia pública de assinatura dos protocolos entre a Misericórdia e as firmas que vão assegurar os trabalhos. O espaço do antigo hospital, recorde-se, vai ser convertido até ao final de 2022 numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados que terá 122 camas e representa um investimento de 5,5 milhões de euros, dos quais 2,6 milhões são financiados no âmbito do Programa Operacional Regional de Lisboa 2020.

A demolição do edifício onde funcionavam as consultas externas e as urgências do antigo hospital vai demorar quatro meses e depois será lançado concurso público para a construção do novo edifício, que demorará perto de 18 meses a ficar pronto.

“Depois do edifício construído vamos alugá-lo à Luz Saúde durante vinte anos. Vai incluir consultórios, serviços de imagiologia e uma sala de operações para cirurgias de ambulatório”, explicou o provedor da Misericórdia, Armando Jorge Carvalho, à margem da iniciativa. A Misericórdia consultou diversos operadores privados de saúde sobre o interesse, incluindo o grupo José de Mello Saúde, que não pôde concorrer, à data, por estar ainda responsável pela parceria público-privada do Hospital Vila Franca de Xira.

As fases seguintes do projecto, que já estão a ser tratadas, serão a Unidade de Cuidados Continuados e o lar de idosos.

No total, o provedor estima que, quando todo o Campus de Saúde estiver pronto, tenham sido investidos 17 milhões de euros. Uma obra que vai dar trabalho a mais de duas centenas de pessoas, 160 delas a serem recrutadas para a futura Unidade de Cuidados Continuados.

Armando Jorge Carvalho considera a obra estruturante e decisiva para o centro da cidade, que ajudará a revitalizar Vila Franca de Xira, criar valor e novos empregos. Já o presidente do município, Alberto Mesquita, destaca ser um investimento “muito relevante” para a cidade, o resultado de um processo “complexo e intenso” que visava dar uso a um edifício que continuava ao abandono.