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EPAL apresenta projectos inovadores
Reabilitação e ampliação do Sistema de Alenquer IV e central hidroeléctrica, que tornará a EPAL sustentável energeticamente, foram os projectos anunciados em Asseiceira, Tomar.
A EPAL apresentou a 16 de Abril, na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Asseiceira, em Tomar, o projecto de reabilitação e ampliação do Sistema de Alenquer IV e de construção de uma central hidroeléctrica nesta que é a maior ETA do país e que abastece de água mais de três milhões de pessoas.
A sessão contou com a presença do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, dos secretários de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, e da Energia, João Galamba, e dos autarcas de Tomar e de Alenquer, Anabela Freitas e Pedro Folgado.
A reabilitação e ampliação do sistema de Alenquer IV, com um custo de 4,3 milhões de euros, engloba a reabilitação da conduta de Alenquer e a execução de novas condutas, assim como a ampliação em 500 m3 do reservatório de Alenquer e outras intervenções em Casais da Marmeleira e Casal Machado.
A intervenção, que procura alternativas ao abastecimento à zona de Lisboa feito pelo Aqueduto do Alviela - infraestrutura mais antiga em exploração na EPAL - foi apresentada pelo vogal da administração da EPAL, Barnabé Pisco. Debruçando-se essencialmente sobre o projecto da central hidroeléctrica, um investimento de 5 milhões de euros, o presidente da EPAL, José Manuel Sardinha, reforçou que o objectivo é produzir toda a energia que a ETA de Asseiceira consome tornando-se independente dos “humores” dos mercados energéticos e de eventuais falhas de abastecimento.
À margem
Um assunto privado muito público
Após a simbólica plantação de um carvalho-cerquinho, quando todos os convidados conversavam descontraidamente, Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, tentava obter junto do ministro o compromisso das verbas necessárias para a realização de obras estruturantes, como o investimento na ETAR de Seiça e na rede de drenagem de águas residuais que lhe está associada, para combater as descargas poluentes no Nabão.
Questionada sobre qual o montante necessário, a autarca falou em 22 milhões de euros. Valor que já tinha adiantado numa conferência de imprensa sobre a poluição no rio, há cerca de dois meses. O ministro disse que era um valor muito elevado e Anabela Freitas retorquiu que podiam ser 19 milhões, gerando-se ali uma espécie de regateio que O MIRANTE gostava de ter ouvido na totalidade, mas do qual foi afastado pelo assessor de imprensa do ministro com a desculpa de que a cerimónia pública já havia terminado e aquele era um assunto do foro privado. Privada ou não, a negociação parece ter dado resultado com o ministro a anunciar dois dias mais tarde a disponibilização de 21 milhões de euros.
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