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Tejo Ambiente com dois milhões negativos
Carlos Agostinho e José Santos, directores da Tejo Ambiente, apresentaram o modelo da empresa em reunião de câmara de Tomar de Maio de 2020

Tejo Ambiente com dois milhões negativos

Empresa intermunicipal, que gere os sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico de seis concelhos do Médio Tejo, teve um prejuízo de 2,2 milhões de euros no seu primeiro ano completo de actividade. Incorrecções no Estudo de Viabilidade Económica e Financeira estão na origem dos maus resultados.

A Tejo Ambiente apresentou resultados negativos na ordem dos 2,2 milhões de euros em 2020, o seu primeiro ano completo em actividade. A notícia foi avançada por Anabela Freitas (PS), presidente da Câmara de Tomar, na última sessão camarária. Recorde-se que a Tejo Ambiente é responsável pela gestão dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico dos concelhos de Tomar, Ourém, Sardoal, Mação, Vila Nova da Barquinha e Ferreira do Zêzere.


O vereador Luís Ramos (PSD) confrontou a maioria socialista com esses valores, uma vez que o município de Tomar vai ser obrigado a transferir mais de 800 mil euros para equilibrar as contas da empresa intermunicipal, dinheiro que não está contemplado no orçamento municipal.


Anabela Freitas já esperava o escrutínio e foi bem preparada para explicar o porquê da derrapagem. Começou por afirmar que existiram variações nos gastos e nos rendimentos que não estavam previstos. Uma das principais razões para os maus resultados prende-se com o Estudo de Viabilidade Económica e Financeira (EVEF) - feito aquando da criação da empresa e que vai ser revisto - por ter considerado 61 mil contratos de saneamento inicialmente, quando na prática só estavam previstos cerca de 35 mil.


“Alguns dos seis municípios reportaram contratos que não existiam e, como é óbvio, a expectativa de receita diminuiu significativamente”, afirmou. Neste capítulo, Anabela Freitas apontou como outro erro de análise o facto de o estudo considerar que a partir do momento em que se inicia uma empreitada já se está a gerar receita, “o que é mentira”.


Na lista de incorrecções do estudo fazem parte mais dois factores que a autarca deu a conhecer: “Quando uma empreitada é realizada pela câmara paga-se o IVA a 6%, neste caso a Tejo Ambiente paga a 23%. O estudo não previu isso, assim como também não teve em conta que os seis municípios não entraram todos ao mesmo tempo na empresa”.


Luís Ramos voltou a usar da palavra para questionar a presidente das razões para não se ter antecipado esses factores na altura da realização do EVEF, Anabela Freitas respondeu relembrando que “o estudo foi para todos os municípios e que nenhum quadro autárquico alertou para a situação”.

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