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25 de Abril em Tomar com discursos virados para fora

As comemorações do Dia da Liberdade juntaram vários autarcas dos partidos políticos de maior expressão na assembleia municipal. Os discursos incidiram mais sobre o contexto actual do país e muito pouco sobre a realidade que se vive no concelho.

A sessão solene da Assembleia Municipal de Tomar, comemorativa do 25 de Abril, Dia da Liberdade, ficou marcada por discursos de autarcas dos partidos com maior expressão naquele órgão autárquico. A cerimónia foi discreta e muito marcada por intervenções que incidiram mais sobre o estado actual do país e quase nada sobre a realidade do concelho, como é habitual acontecer nesta data. Paulo Macedo (CDU) lamentou mesmo que a assembleia tenha optado por uma celebração “envergonhada e longe do povo que nos elegeu como seus representantes”.

Anabela Freitas (PS), presidente do município, foi a única que não precisou de papel para o seu discurso que durou cerca de cinco minutos. A autarca começou por dizer que é “triste ver que, 47 anos depois da revolução, ainda existe o poder e a força do corporativismo em algumas classes sociais”. Sendo certo que, no seu ponto de vista, o país evoluiu na educação e saúde ainda há muito por fazer em questões de justiça. “Vivemos numa ditadura de liberdade de expressão e se não estivermos atentos a democracia corre riscos. Não há machado que corte a raiz ao pensamento”, concluiu, numa alusão a uma canção de intervenção de Manuel Freire.

O PSD, a segunda força política em Tomar, escolheu João Tenreiro para passar a mensagem de que “votar é a melhor forma de resolver os problemas que nos fazem não ir votar”. Recorde-se que, em Outubro deste ano, há eleições autárquicas.

Hugo Costa (PS), candidato à assembleia municipal nas próximas eleições, homenageou Salgueiro Maia, os profissionais de saúde que têm estado na linha da frente no combate à pandemia, e salientou que, entre outras coisas, “Abril trouxe educação, igualdade de género, liberdade económica e uma imprensa livre”. Américo Pereira, dos Independentes do Nordeste, criticou os “lobbies e interesses que dominam a política e que não orgulham a memória das conquistas de Abril”. Já Maria da Luz, do Bloco de Esquerda, saudou as conquistas que a Revolução dos Cravos permitiu, nomeadamente ao nível dos direitos laborais, igualdade de género e na saúde.

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