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Alberto Mesquita começou a despedir-se no discurso do 25 de Abril
Alberto Mesquita

Alberto Mesquita começou a despedir-se no discurso do 25 de Abril

Presidente do município não se recandidata e sai depois de 28 anos ligado ao poder local. Nos discursos do 25 de Abril lembrou os desafios de gerir a câmara durante a crise económica e a intervenção da troika, o surto de legionella e, mais recentemente, a pandemia de coronavirus.

Os discursos da sessão solene do 25 de Abril em Vila Franca de Xira ficaram marcados pelo tom de despedida nas palavras do presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que não se recandidata às próximas eleições autárquicas e sai da câmara depois de 28 anos ligado ao poder local.

“Como tudo na vida existem ciclos e o meu termina no final deste mandato”, anunciou, vincando ter sido “uma enorme honra e desafio” servir o concelho. Mostrou-se grato por, juntamente com todos os trabalhadores do município, ter conseguido “fazer muito” pelo concelho e lembrou que os seus mandatos como presidente foram sempre pautados por enormes desafios.

“Começámos em 2013 com as restrições da troika e depois, em 2014, fomos confrontados com o surto de legionella. Foram dias muito difíceis e carregados de angústia e preocupação, especialmente para as famílias com entes queridos que morreram e que ainda hoje têm patologias recorrentes desse surto. Pensava que nada mais grave nos podia voltar a acontecer mas estava enganado”, afirmou Alberto Mesquita, aludindo à pandemia de coronavírus.

O autarca afirmou ter sido “um orgulho” ter trabalhado em prol da população e deixou uma mensagem de futuro para todos os eleitos e população: “É mais o que nos une do que o que nos separa”.

O presidente da assembleia municipal, Fernando Paulo Ferreira (PS), lembrou a necessidade de criar territórios com maior presença humana, mais economia e maior dinâmica social defendendo como prioridade a criação de emprego e investimento privado.

“Populismo e intriga são armas de fracos políticos”

O discurso do dia coube a António Martins, independente e ex-CDS, que pediu o contributo de todos para reforçar a democracia e sonhar um futuro melhor. “A mentira, populismo e intriga são falsas armas de fracos políticos, escondidos na escuridão do ódio e que tropeçam numa raiva mal disfarçada. O populismo destrói a confiança e o nosso compromisso com a comunidade”, aludiu.

Da bancada do Partido Pessoas, Animais e Natureza, Adélia Gominho condenou ainda assistir-se a “ditaduras do pensamento” que não levam a sociedade onde merece. “A liberdade só chega quando as mentes se libertarem de preconceitos”, afirmou. Já do lado do Bloco de Esquerda, o eleito João Fernandes lembrou que não há democracia sem pão e que o país continua a ser um dos mais desiguais da União Europeia.

Do lado do PSD, David Pato Ferreira notou que a maior herança de Abril é a liberdade para projectar o futuro, defendendo os valores de maior equidade, ambiente e desenvolvimento sustentável. “Saber respeitar os centros históricos da nossa cidade. Conseguir reter os jovens e uma política séria de mais acção e menos outdoors sazonais”, notou.

A CDU, pela voz de Joana Bonita, defendeu a necessidade dos políticos estarem na rua e falarem com a população lamentando que a revolução esteja “sob forte ataque”. E Sandra Marcelino, do PS, elogiou o papel da gestão municipal na resposta à pandemia lembrando que a democracia não está confinada.

Alberto Mesquita começou a despedir-se no discurso do 25 de Abril

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