Tatiana Bond começou a tomar medicamento crucial no combate ao cancro
Infarmed autorizou o acesso ao Olaparib e a farmacêutica do Cartaxo já iniciou o novo tratamento.
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde – já autorizou o acesso ao medicamento Olaparib, crucial na luta pela vida de Tatiana Bond, a farmacêutica do Cartaxo que tem um cancro incurável no fígado e que já fez todo o tipo de tratamentos. A informação foi dada a O MIRANTE por Tatiana Bond, que já começou a fazer o tratamento no Hospital de Santarém. Tatiana ficou muito mais tranquila depois de saber que ia iniciar o tratamento que lhe permite prolongar a vida.
Inicialmente, o Infarmed recusou o pedido do médico de Tatiana para utilização de uso excepcional do Olaparib, que tem tido bons resultados nos pacientes sobretudo porque só actua ao nível das células tumorais. A justificação inicial do Infarmed era que havia alternativas terapêuticas, a que Tatiana já tinha recorrido. O Infarmed recuou na decisão depois de muita pressão na comunicação social, redes sociais e também de uma petição online que ultrapassou as 11 mil assinaturas. A pressão surtiu efeito e Tatiana Bond, e todas as pessoas que estão na mesma situação, já podem ter acesso ao Olaparib.
Tatiana Bond tinha 26 anos quando lhe foi diagnosticado cancro na mama. Cinco anos depois, em 2016, já casada e com filhos, surgiu-lhe o cancro no fígado. Deram-lhe seis meses de vida mas já passaram cinco anos. Tatiana sabe que, no seu caso, o cancro é hereditário, pois existem muitos casos na família. Está a ser acompanhada pelo serviço de Oncologia do Hospital Distrital de Santarém, que elogia pela forma como a têm tratado e pela ajuda a nível psicológico.
“A minha doença vai sempre existir. Tento não pensar muito a longo prazo porque tudo o que for uma esperança de futuro pode ser doloroso quando não se concretizar. Fazer planos de vida para um mês já é muito tempo. Vivo um dia de cada vez. Não nos atrevemos a sonhar muito mais do que isso. Luto o máximo de tempo possível com a minha família”, disse a O MIRANTE.