uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Turismo de Lisboa queria 225 mil euros da Câmara de Santarém mas não teve sorte
Obras na Casa do Campino, realizadas no final do século passado pela já extinta Região de Turismo do Ribatejo, ainda dão que falar

Turismo de Lisboa queria 225 mil euros da Câmara de Santarém mas não teve sorte

Herdeira da Região de Turismo do Ribatejo reclamou em tribunal o pagamento de 150 mil euros mais juros resultante de uma deliberação camarária de 2001 destinada a comparticipar as obras de requalificação da Casa do Campino, efectuadas há mais de duas décadas. Decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa ainda é passível de recurso.

A Câmara Municipal de Santarém anunciou na quinta-feira, 22 de Abril, que foi absolvida de todos os pedidos formulados pela Entidade de Turismo da Região de Lisboa na acção que esta lhe moveu no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, em 2014.

A Entidade de Turismo de Lisboa, na qualidade de herdeira da já extinta Região de Turismo do Ribatejo, reclamava do município escalabitano o pagamento de valores em dívida no montante total de 225.628 euros referentes a comparticipações assumidas e não efectuadas.

Tal como O MIRANTE já tinha noticiado, em causa está uma deliberação tomada pelo executivo camarário em 2001, que determinava a atribuição de um subsídio de 30 mil contos (hoje cerca de 150 mil euros) à entretanto extinta Região de Turismo do Ribatejo para ajudar a comparticipar a dispendiosa empreitada de requalificação da Casa do Campino, emblemático imóvel onde se realiza o Festival Nacional de Gastronomia.

Segundo a autarquia, o Tribunal Administrativo de Leiria considerou que o município não é devedor de qualquer quantia peticionada nos autos, sendo esta decisão ainda passível de recurso.

A Entidade de Turismo de Lisboa (que se assume como sucessora das extintas Região de Turismo do Ribatejo e Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo) alegou que o município estava em falta com o pagamento desses 150 mil euros e acrescentou mais 75 mil euros a título de juros moratórios calculados às taxas legais desde 1 de Janeiro de 2002.

Um litígio com sete anos

Este desentendimento levou também a que a Entidade de Turismo de Lisboa (que já não abrange municípios do distrito de Santarém desde 2013 nem desenvolve actividades nesta região) não abdicasse do direito de superfície que detém sobre a Casa do Campino, o que, na prática, obriga a que a Câmara de Santarém tenha de lhe pedir permissão sempre que queira utilizar um imóvel que é seu e onde gastou, no final do século passado, uma boa maquia na sua requalificação e remodelação.

Recorde-se que, depois dessas obras, a Casa do Campino albergou a sede da Região de Turismo do Ribatejo e, posteriormente, da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, que agregavam boa parte dos municípios da região até serem extintas. Actualmente, Santarém e os restantes concelhos da Lezíria do Tejo integram a Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

Turismo de Lisboa queria 225 mil euros da Câmara de Santarém mas não teve sorte

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido