Uma das maiores e mais emblemáticas festas do Ribatejo, o Colete Encarnado de Vila Franca de Xira, que se realiza tradicionalmente no primeiro fim-de-semana de Julho, corre o risco de, pelo segundo ano consecutivo, não se realizar devido à pandemia de Covid-19.

A possibilidade foi admitida na última semana pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que não descarta a realização de um momento simbólico para evocar a data, como em 2020. “Há um bem maior que temos de preservar que é a saúde de todos. Neste momento ainda não temos condições de afirmar com certeza absoluta o que vamos fazer com o Colete. Se o fizermos terá de ser diferente porque não estou a ver como vamos conseguir promover o afastamento sanitário nas esperas. A menos que a Direcção-Geral da Saúde nos diga que não haverá restrições”, avisa o autarca.

O município diz estar a analisar de que forma se poderá realizar o Colete Encarnado, uma das 7 maravilhas da cultura popular e uma festa que atrai milhares de visitantes, sem aquilo que o torna mais castiço: o convívio entre a comunidade e as esperas de toiros nas ruas.

A estimativa feita pela junta de freguesia da cidade aponta para que o Colete Encarnado seja uma festa que rende entre meio milhão e um milhão de euros para a cidade em apenas três dias.

Feira de Outubro dependerá da vacinação

Já sobre a Feira de Outubro, o presidente do município acredita que será possível a sua realização dependendo da evolução da vacinação no país. “Espero que em Setembro o país esteja num estado de vacinação com uma percentagem tão grande que permita realizarmos a feira. Mas nada está garantido. Os nossos serviços estão a avaliar vários cenários porque esta é uma pandemia em que ninguém consegue avaliar como o processo vai evoluir”, afirmou.

Também a propósito da Feira de Outubro o autarca notou que a realização de esperas de toiros estará condicionada às decisões que venham a ser tomadas pela Direcção-Geral da Saúde.