As más condições de acessibilidade numa das entradas do Convento de Cristo, em Tomar, foi um dos temas que gerou mais debate na reunião do executivo camarário de 26 de Abril. Luís Ramos, vereador do PSD, aplaudiu a recente inauguração da renovada Portaria Filipina, mas lembrou que uma das entradas principais do monumento, totalmente empedrada e com desnível, não permite receber os visitantes com “dignidade” e não é “inclusiva”.

O autarca salientou ainda que a directora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, também já afirmou que aquela entrada não é merecedora da grandeza do monumento. “Embora não seja da responsabilidade municipal, não nos podemos alhear da forma como são recebidos os turistas, num espaço que, em condições normais, tem cerca de 350 mil visitantes por ano. Temos de pressionar a entidade responsável pela gestão do património”, sublinhou Luís Ramos.

A presidente da autarquia, Anabela Freitas, concordou com a opinião de Luís Ramos, vincando que tem lutado para que o município possa ter uma gestão partilhada do convento com a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). A autarca socialista recordou que, no âmbito do programa de financiamento Portugal 2020, vinha mapeada para o Convento de Cristo uma verba de sete milhões de euros de apoio, deixando de fora qualquer outro investimento na zona do Médio Tejo.

“Conseguimos renegociar e tirar dois milhões que investimos, por exemplo, na requalificação da Igreja de S. João Baptista e do Aqueduto dos Pegões. A DGPC teve 5 milhões para investir no convento, portanto são eles que têm de ver onde e como vão construir uma nova entrada para que, por exemplo, uma pessoa numa cadeira de rodas tenha as mesmas condições de acesso ao Convento de Cristo”, afirmou Anabela Freitas.