O PS vai recandidatar a vereadora Cília Seixo à presidência da Câmara de Ourém, após o cabeça-de-lista anunciado, o deputado António Gameiro, que era presidente da concelhia socialista, ter retirado a candidatura e pedido a demissão da estrutura partidária.
“Sou recandidata e isso foi confirmado na reunião da concelhia, por unanimidade”, afirmou Cília Seixo, de 59 anos, professora e psicóloga clínica, e agora presidente da concelhia de Ourém do PS.

Questionada sobre o facto de ter sido de novo a segunda escolha do partido à câmara, Cília Seixo respondeu: “Ao longo do último ano fui, insistentemente, sondada para ser cabeça-de-lista. Porque achava que António Gameiro tinha um conhecimento político e do concelho que representava uma mais-valia apoiei a candidatura dele e fazia parte da sua lista”.

E acrescentou: “Dada a impossibilidade, e por uma questão de dever e de respeito para com todos, decidi liderar esta lista. Há uma mudança no cabeça-de-lista, mas a equipa mantém-se”. Para a socialista, uma vitória nas eleições autárquicas é “melhorar os resultados nas últimas eleições” quando o PS perdeu a câmara para a coligação PSD/CDS liderada por Luís Albuquerque.
Sobre o balanço que faz da gestão da coligação PSD/CDS-PP, diz que “faz praticamente uma gestão corrente”, notando que tem colocado “em prática projectos que tinham sido deixados em aberto ou planeados pelo anterior executivo [do PS]”, como a requalificação do Cine-teatro, do Castelo ou da avenida que atravessa a cidade de Ourém.

Segundo Cília Seixo, o executivo tem falhado “redondamente na atracção de novas empresas, no projecto de incubação ‘startup’ e na criação de emprego”, destacando que “uma das promessas eleitorais era criar 3.000 empregos”.

Nas eleições de 2017 Cília Seixo era a número dois da lista socialista liderada pelo então presidente da câmara, Paulo Fonseca. Como este foi impedido de se recandidatar pelo Tribunal Constitucional, Cília Seixo acabou por ser a cabeça-de-lista.

Em Abril, o deputado António Gameiro foi anunciado como cabeça de lista do PS. Por ser suspeito na “Operação Triângulo”, que levou à detenção da então presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita (PSD), de dois empresários e de um trabalhador da administração pública, retirou a sua candidatura.