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Chegou ao fim a greve nos Bombeiros Sapadores de Santarém
Ricardo Gonçalves, ao centro, diz que a lei não permite responder às exigências dos bombeiros

Chegou ao fim a greve nos Bombeiros Sapadores de Santarém

Decisão surgiu na sequência da posição do Colégio Arbitral que deu razão ao município na definição dos serviços mínimos a cumprir pelos bombeiros da corporação municipal durante a greve.

O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) desconvocou a greve que tinha decretado para vigorar de 1 de Maio a 1 de Junho na corporação municipal de Santarém, disse à Lusa o dirigente Ricardo Cunha.
A decisão surgiu na sequência da decisão do Colégio Arbitral constituído pela Direcção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) que deu razão ao município de Santarém na definição dos serviços mínimos a cumprir pelos Bombeiros Sapadores de Santarém durante a greve.

Ricardo Cunha afirmou que aplicar os serviços mínimos indicados no acórdão, “taxativamente” os enumerados pela Câmara de Santarém, seria “deturpar” a greve, pelo que não tinha sentido prosseguir com esta forma de luta. “Nunca iríamos pôr em risco os bombeiros”, disse, acrescentando estranhar a decisão “inédita” da DGAEP, que, afirmou, até colocaria os bombeiros a fazer durante a greve o que normalmente não fazem, como a limpeza do quartel.

A greve convocada pelo SNBS, que se iniciou em 1 de Abril e que iria prosseguir até ao início de Junho, visava a reposição do pagamento da média do trabalho suplementar realizado ao longo do ano, a retribuição e o descanso compensatório do trabalho realizado em dia feriado e a abolição do banco de horas imposto aos Bombeiros Sapadores.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmou que a lei não permite satisfazer estas reivindicações, remetendo para uma decisão jurídica da Direcção Geral da Administração Local, das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e da Inspecção Geral de Finanças.

Esse parecer conclui não terem os bombeiros municipais direito a “auferir qualquer suplemento remuneratório pelo trabalho suplementar prestado no horário de trabalho definido”, pois o estatuto remuneratório dos bombeiros municipais integra uma componente correspondente ao suplemento pelo ónus específico da prestação de trabalho, risco e disponibilidade permanente.

Ricardo Gonçalves disse a semana passada que a Companhia de Sapadores Bombeiros de Santarém tem falta de pessoal, afirmando que foi aberto procedimento para contratação de mais 10 elementos, número que poderá vir a ser superior, justificando esta carência com o facto de, até 2019, o município estar impedido de fazer contratações, devido ao processo de saneamento financeiro em que se encontrava.

Mais de duzentos serviços recusados

Com 33 bombeiros sapadores, 19 deles inscritos no SNBS, a corporação teve, desde o início de Abril, 12 bombeiros em greve. A Câmara de Santarém afirma que, por esse motivo, até dia 24 de Abril, foram recusados 90,24% dos serviços solicitados (222 de 246 pedidos) aos Bombeiros Sapadores de Santarém. O sindicato disse que não houve falta de resposta porque os serviços foram enviados para outras entidades, dando o exemplo do serviço do INEM, que passou a ser assegurado pelos Bombeiros Voluntários de Santarém, com recurso à ambulância dos bombeiros sapadores.

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