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Furtos e vandalismo no cemitério de Castanheira do Ribatejo
Famílias com campas furtadas e vandalizadas já alertaram a GNR e junta de freguesia

Furtos e vandalismo no cemitério de Castanheira do Ribatejo

Figuras religiosas, luminárias e até flores são levadas das campas do cemitério pelos amigos do alheio, perante a revolta dos populares.

O cemitério de Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, tem sido alvo de furtos e vandalismo que estão a indignar a população. Os ladrões têm levado de tudo, desde pedras mármore dos jazigos, jarras, flores, crucifixos, luminárias e figuras religiosas que ornamentam as campas. A GNR já foi alertada para o problema, tendo registado 8 furtos e intensificado o patrulhamento, mas sem sucesso na intercepção dos autores dos crimes.

Revoltada por se deparar constantemente com a campa do seu tio vandalizada, Sandra Canavilhas garante que não é caso único na vila. “Acontece em várias campas, mesmo durante o dia. Houve uma senhora que foi colocar flores a um familiar e quando regressou já tinham desaparecido”, conta, acrescentando que da campa do seu ente querido já foram furtados terços, jarras, candeeiros e figuras religiosas. “É uma vergonha e uma falta de respeito para com os mortos e os seus familiares”, vinca.

Também Jaime Pereira tem ouvido populares a queixarem-se sempre que vai ao cemitério com a esposa cuidar da campa do seu sogro. “O cemitério é um lugar de respeito e se não está a ser cumprido é preciso tomar medidas para pôr fim a isto”, diz, considerando que o local precisa de maior vigilância da Guarda e, até, de um sistema de segurança que capte imagens em vídeo.
O presidente da União de Freguesias de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras, Luís Almeida, diz tratar-se de um acto inqualificável e de malvadez, realçando que um casal que perdeu um filho bebé sofre sempre que desaparecem da campa figuras e brinquedos com valor sentimental.

Não se sabe por onde entram os ladrões, mas desconfia-se que poderão entrar pelo portão principal, já que na altura em que o cemitério esteve fechado ao público por causa da pandemia não ocorreram tais actos.

“A única solução é voltar ao que se fez nessa altura e abrir o cemitério só quatro horas por dia”, diz a O MIRANTE o autarca da junta da união de freguesias, que é responsável pelo cemitério, admitindo que se a medida não resolver pondera colocar um sistema com câmaras de vigilância.

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