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O amor incondicional das mães que também são pais
Rita Cavaleiro e os filhos Manuel Maria e José Maria. Daniela Bento e o filho, Flávio

O amor incondicional das mães que também são pais

No Dia da Mãe, que se celebra no primeiro domingo de Maio, O MIRANTE conversou com Rita Cavaleiro, natural de Santarém e Daniela Bento, de Azambuja, que são mães solteiras e afirmam ter um amor incondicional pelos seus filhos.


Rita Cavaleiro sempre sonhou ter gémeos e o seu desejo concretizou-se há seis anos, com o nascimento de Manuel Maria e José Maria. A gravidez não foi planeada mas Rita, na altura com 37 anos, não quis abdicar do sonho. Até ao fim da gravidez não faltaram os receios do desconhecido, a incerteza se seria uma boa mãe ou se conseguiria dar conta do recado sozinha. O dia mais feliz da sua vida chegou a 30 de Novembro de 2014.

“No dia do parto a médica disse-me que o dia mais feliz da vida de uma mulher acontece quando se é mãe. Quando me trouxeram os meus filhos abracei-os como se não houvesse amanhã. A partir daí os medos desapareceram e senti uma força tão grande que ainda hoje tenho a certeza de que sou capaz de tudo para os proteger”, garante Rita a O MIRANTE.

Natural de Santarém, conta que os primeiros tempos foram uma descoberta, mas valeu-lhe o apoio da família, que ainda a continua a ajudar sempre que é necessário. Os amigos mais próximos, diz, são um pilar fundamental na sua vida e estão muito presentes no crescimento dos seus filhos.

Um dia na vida de Rita Cavaleiro passa a correr; levanta-se às seis e meia da manhã porque tem de preparar tudo para os filhos irem para a escola. Entretanto vai trabalhar numa empresa de trabalho temporário e a azáfama volta quando vai buscar os filhos à escola. “As horas que se seguem são um divertimento e um rebuliço; jantamos, brincamos, conversamos, até que os levo para a cama e lhes leio uma história. Quando adormecem fico mais aliviada e ainda consigo ter tempo para descontrair”, explica.

Rita Cavaleiro não quis aprofundar com o repórter de O MIRANTE as razões de ser mãe solteira, embora assuma que ser mãe e pai ao mesmo tempo é sinal de preocupações a dobrar. A dedicação aos filhos limitaram-lhe a vida social, uma vez que prescindiu das saídas com amigos, a não ser que os possa levar. Afirma, sem hesitar, que se considera uma boa mãe, embora os receios que tinha quando os filhos nasceram ainda não tenham desaparecido. “O papel de mãe implica questionar-me todos os dias se estou ou não a fazer o correcto. Felizmente que os meus filhos estão sempre com um sorriso no rosto e isso tranquiliza-me”, garante.

O amor incondicional que sente pelos filhos, diz, ajuda-a a lidar com o desgaste físico e emocional da sua entrega. “Costumo dizer que até os cabelos brancos que ganhei por ser mãe solteira são marcas de orgulho. Os meus filhos são uma verdadeira bênção”, sublinha.

A EMOÇÃO INDESCRITÍVEL DE TER UM FILHO

Daniela Bento, 32 anos, foi mãe de Flávio aos 21. Quando o filho tinha cerca de um ano passou a assumir o papel de mãe e pai. “Inicialmente foi difícil, porque tive de abdicar de muita coisa, inclusive dos meus sonhos. Mas actualmente não mudava nada no meu percurso de vida”, garante, a O MIRANTE.

Daniela é bombeira na corporação da Azambuja e garante que nunca sentiu preconceito por ser mãe solteira, pelo contrário, sempre teve o apoio da sua família e amigos. “Nas alturas mais difíceis é que sabemos com quem podemos contar. Tenho a sorte de ter um excelente núcleo familiar e um grupo de amigos incrível. A minha avó Esmeralda, por exemplo, é essencial quando tenho de trabalhar até tarde”, sublinha.
O Flávio nasceu a 23 de Janeiro de 2009 e a sensação de ter o filho nos braços pela primeira vez foi um misto de emoções. “A emoção de ter um filho é indescritível, mas nesse momento senti falta do pai e pensei no futuro do meu filho sem a sua figura presente”, desabafa. Felizmente que o seu avô paterno, Jorge, esteve sempre presente na vida de Flávio e, nos últimos tempos, o pai também se reaproximou.

Daniela Bento gosta de ir com o filho ao cinema, ao teatro e, sobretudo, ver os jogos do Sport Lisboa e Benfica, de quem são adeptos fervorosos. A vida de mãe solteira rouba-lhe muito tempo, no entanto nunca abdicou de continuar a conviver com os amigos ou ir dançar a uma discoteca para descontrair. “Engravidei quando saí da tropa e depois fiquei desempregada a cuidar do meu filho. A minha vida dava um filme, mas seria um filme com um final feliz. Sinto-me vaidosa por ter o filho que tenho, com saúde, boa disposição, e muito amor para dar”, sublinha.

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