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Fim da actividade da Quinta  da Cardiga acabou com tradição do dia da espiga 
António Roldão

Fim da actividade da Quinta  da Cardiga acabou com tradição do dia da espiga 

António Roldão diz que a Ascensão nunca foi muito celebrada em Vila Nova da Barquinha.

Vila Nova da Barquinha é uma terra com grande ligação ao Tejo e talvez por isso nunca tenha tido uma grande tradição de celebração de Quinta-Feira da Ascensão e da apanha da espiga. Essa é a perspectiva defendida por António Roldão, que se dedicou a investigar a história do concelho.

Ainda assim, diz que havia quem o fizesse. “Lembro-me que a Quinta da Cardiga, Golegã, se enchia de pessoas nesse dia e nós, os barquinhenses, aproveitávamos para nos juntarmos à festa. Umas vezes íamos de barco até lá, outras a pé. A própria Quinta dava algum apoio ao convívio e ali estávamos a conviver com pessoas que reencontrávamos enquanto os miúdos brincavam”.

Sobre a apanha do ramo de espigas, flores silvestres e papoilas que se guardava em casa para que não faltasse o pão refere que deixou de ser feita com o fim da actividade agrícola da Quinta da Cardiga, que também englobava terrenos dos vizinhos concelhos da Golegã e Entroncamento.

Para o historiador a Ascensão tem significado religioso, mas nada mais do que isso. Passaram muitos anos desde a última vez que comemorou a data. Por isso, este ano, a pandemia não veio alterar a sua rotina neste dia. “Até porque, afinal, a pandemia não alterou assim tanto a minha vida. Sinto falta dos encontros com os amigos. De falar sobre as histórias. Mas, de resto, está tudo igual”, afirma António Roldão.

Fim da actividade da Quinta  da Cardiga acabou com tradição do dia da espiga 

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