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Casa do Povo de Aveiras de Cima comemora 50 anos com dinamismo e boas relações
Presidente José Manuel Pratas (à direita) e os dirigentes, Pedro Amado e José Lérias, acreditam que a Casa do Povo de Aveiras de Cima, a comemorar 50 anos, tem futuro

Casa do Povo de Aveiras de Cima comemora 50 anos com dinamismo e boas relações

A colectividade do concelho de Azambuja está com as contas equilibradas e quer apostar em mais actividades, para que continue a aumentar o número de sócios. A sede foi inaugurada por Cavaco Silva e o pavilhão multiusos, construído 10 anos depois, foi oferecido por uma empresa da freguesia.

A celebrar 50 anos a Casa do Povo de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, é o exemplo de que com empenho é possível contrariar as adversidades. Com uma nova direcção, liderada por José Manuel Pratas, que tomou posse em 2020, a colectividade já passou por altos e baixos, mas agora está com as contas equilibradas e quer dinamizar mais actividades culturais e desportivas. Hoje a casa do povo tem mais actividades que há 30 anos, apostando em modalidades, como o kempo chinês, que tem cada vez tido mais adeptos e cuja escola já ganhou diversos prémios a nível nacional.

A Casa do Povo vive das mensalidades das actividades, do aluguer do bar e das quotas dos sócios, que também têm sido cada vez mais. O apoio da Câmara de Azambuja, de 3.400 euros trimestrais, tem sido fundamental para manter a colectividade numa situação estável. O protocolo de financiamento com a autarquia, celebrado em 2021, foi o ponto-chave para o equilíbrio financeiro. A Casa do Povo de Aveiras de Cima tem cerca de duas centenas de associados, sendo que muitos o são desde a sua constituição, em 1971, e o número tem vindo a aumentar devido às apostas no yoga, aulas de Zumba e Kizomba.

Em cinco décadas a casa do povo foi-se transformando, deixando o seu objectivo inicial de apoiar os trabalhadores rurais da freguesia. José Manuel Pratas, que é sócio desde o início, recorda a inauguração do actual edifício, em 1989, como um dos momentos mais marcantes da história da colectividade, que até então funcionava em espaços alugados. O dirigente recorda que foi uma grande luta dos sócios que conseguiram erguer a sede com poucos recursos. A inauguração teve a presença do então primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva. “É dos momentos que mais me orgulha, porque não é todos os dias que recebemos um primeiro-ministro e depois porque foi a materialização de um sonho”, recorda, acrescentando que tal foi possível porque o município cedeu os terrenos, junto à escola primária de Aveiras de Cima, recorda.

O pavilhão multidesportivo foi construído 10 anos depois, em 1999, graças ao apoio da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), o que marcou um passo muito importante na história da Casa do Povo de Aveiras de Cima porque passou a permitir actividades desportivas. Antes as iniciativas da colectividade resumiam-se ao rancho folclórico e ao teatro, que chegaram a ganhar prémios a nível nacional e internacional. O rancho mantém-se e o teatro terminou por falta de interessados. Mas com o início dos ensaios dos grupos amadores Cambada de Amadores de Teatro (CAT) e ContraRegra, que se mudaram para a colectividade em Abril, devido à ausência de espaço próprio para ensaios, José Manuel Pratas acredita que este será o início do regresso do teatro à Casa do Povo.

Sucesso resulta do trabalho de equipa

José Manuel Pratas, antigo presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, entre 1983 e 1992, e antigo vereador do Ambiente na Câmara de Azambuja, entre 2002 e 2009, considera que é preciso ter tempo mas também “gostar do que se faz”, porque ser presidente de uma colectividade não é um trabalho remunerado. Aceitou o desafio porque já tinha feito parte dos órgãos sociais nas direcções anteriores e tinha disponibilidade total para o cargo uma vez que está reformado. Considera que o sucesso da Casa do Povo deve-se ao trabalho conjunto de toda a direcção e, por isso, não gosta de ter o mérito sozinho.

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