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Conflito entre Lar da Carregueira e Câmara  da Chamusca mais perto dos tribunais  
Horácio Ruivo, ao centro, rodeado pelos restantes membros da direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira

Conflito entre Lar da Carregueira e Câmara  da Chamusca mais perto dos tribunais  

Direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira continua à espera que o executivo municipal da Chamusca, presidido por Paulo Queimado, responda aos pedidos de esclarecimento a propósito de uma alegada dívida do município para com a instituição. Direcção diz que não vai esperar mais tempo e ameaça recorrer “imediatamente” aos tribunais.

A direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira (CASC) não vai esperar mais tempo pela resposta do município da Chamusca aos pedidos de esclarecimento sobre uma alegada dívida da autarquia, de mais de 700 mil euros, para com a instituição de apoio a idosos.
A O MIRANTE, Horácio Ruivo, presidente do CASC, explica que o executivo municipal, presidido por Paulo Queimado (PS), está há cerca de três semanas para responder à documentação enviada e que vão recorrer “imediatamente” aos tribunais se a postura se mantiver inalterável. “Não vamos continuar a falar para o boneco. Queremos chegar a um entendimento e por isso enviámos os documentos que asseguram a nossa versão dos factos. Se os autarcas não querem abrir mão da sua postura, não resta outra alternativa senão recorrer aos tribunais”, reforça, o dirigente.

Em causa estão, entre outras razões, as obras realizadas na ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas) e as contrapartidas financeiras pela instalação de empresas no Eco Parque do Relvão. Sobre o último ponto, o CASC defende que, na altura da instalação das empresas, em 2000, o município prometeu que o lucro proveniente das quotas que possui das mesmas (2,5%) seria canalizado para o CASC e, posteriormente, para todas as instituições sociais do concelho.

Horácio Ruivo garante ao nosso jornal que a promessa nunca foi cumprida e que até agora não viram “um cêntimo”. O dirigente diz ainda que há cerca de uma dezena de anos foram aprovados em reunião de câmara os protocolos que garantiam os donativos das empresas. Posteriormente, também a Assembleia Municipal da Chamusca deliberou favoravelmente, mas as responsabilidades continuam a ser descartadas.

O CASC, que dá resposta a cerca de 150 utentes, em regime de residência, domicílio e centro-de-dia, e tem nos seus quadros cerca de 70 funcionários, está a passar por graves problemas financeiros, somando todos os meses prejuízos de cerca de 40 mil euros. Perante as actuais dificuldades, os elementos da direcção já ameaçaram entregar as chaves à Segurança Social.

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