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A mirabolante ideia de uma Rodoviária das câmaras municipais

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, que integra os municípios daquela sub-região, ficou irritada por a Rodoviária do Tejo não ter apresentado propostas ao concurso para a realização do transporte de passageiros e ter impugnado o mesmo e veio ameaçar com a criação da sua própria empresa de serviço público de transportes. Fogo de vista.

Basta olhar para os transportes públicos que algumas autarquias criaram aqui na região, os custos que representam e o reduzidíssimo serviço que prestam, para perceber o absurdo da ameaça.

Ao longo dos últimos quarenta anos o serviço de transportes públicos foi-se esfumando. Foi bom para quem vende automóveis e para quem os pode comprar que passou a ter mais autonomia e liberdade de circulação. Foi mau para as empresas de transporte que tinham a concessão dos trajectos, nomeadamente a Rodoviária do Tejo porque foram desaparecendo clientes e por isso tiveram que reduzir carreiras e trajectos.

E foi mau para as pessoas que não têm carro, que ficaram com a sua liberdade limitada porque as distâncias aumentaram, nomeadamente para os empregos, serviços, hospitais, supermercados e a oferta de transportes encolheu.

Deixou de haver, perante a complacência das autarquias, camionetas aos fins de semana e foram reduzidas as carreiras, nomeadamente quando não há aulas e, por isso, não funcionam os transportes escolares. Qualquer pessoa que tenha os pés assentes na terra sabe que nenhuma comunidade intermunicipal pode, por si só, resolver este gravíssimo problema Por isso deixem-se de “jogos florais” e entendam-se com as empresas que têm capacidade para o fazer.

Francisco Abrantes

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