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O enfermeiro que sonha com uma carreira no mundo da música
Diogo Carapinha sonha com uma carreira musical

O enfermeiro que sonha com uma carreira no mundo da música

Diogo Carapinha tem 28 anos e concilia a profissão de enfermeiro com o mundo da música. Depois de lançar o primeiro álbum, intitulado “Estórias”, em 2017, iniciou em Alpiarça uma série de espectáculos com o mesmo nome. Em Janeiro deste ano lançou uma música de homenagem à sua sobrinha, Carminho, de quatro anos, que sofre de uma doença rara.

Em criança sonhava ser astronauta e encantava-se com um brinquedo da sua irmã que bastava carregar num botão e tocava música. Passava horas a tocar naquele botão que, para si, era mágico. Diogo Carapinha cresceu e a paixão pela música também. Aos 15 anos entrou para a banda da Sociedade Filarmónica Alpiarcense e aprendeu a tocar saxofone alto. Mais tarde entrou para o Orfeão de Alpiarça onde desenvolveu o gosto pelo canto. Entretanto trocou o saxofone alto pela flauta transversal.
Quando entrou para a Escola Superior de Saúde de Santarém, para se licenciar em enfermagem, integrou as tunas Scalabituna e Arriba-Ó-Tunapikas. Confessa que foi aí que se começou a libertar da timidez e a apaixonar-se cada vez mais pelos palcos. Nessa altura a banda e o Orfeão em Alpiarça ficaram para trás, embora tenha retomado depois de terminar o curso. Em 2017 lança o primeiro álbum, chamado Estórias. Na noite de sábado, 15 de Maio, deu início àquele que espera ser o primeiro de muitos espectáculos, a que deu o nome do primeiro álbum.
O espectáculo “Estórias”, que foi apresentado no exterior da Casa-Museu dos Patudos, em Alpiarça, de onde Diogo é natural, conta com a participação de Pedro Pinhal (viola) e Susana Castro Santos (violoncelo). Diogo Carapinha começou a compor e cantar fado mas aos 28 anos está mais virado para a música pop. No domingo participou num programa televisivo de talentos musicais tendo chegado ao pódio.
O seu sonho é crescer e evoluir no mundo da música sem nunca deixar de lado a enfermagem. “Actualmente consigo conciliar ambas as paixões. Se a música se tornar a minha actividade profissional posso dedicar menos tempo à enfermagem, mas é algo que gosto muito de fazer. Gosto muito do contacto com os utentes e poder ajudá-los. Aprendi que tudo existe com equilíbrio”, afirma a O MIRANTE momentos antes de subir ao palco na Casa dos Patudos.

Recolha de tampinhas para Carminho tem sido um sucesso
A campanha de recolha de tampinhas para a sua sobrinha, Carminho, tem sido um sucesso depois da entrevista a O MIRANTE. A criança, de quatro anos, foi diagnosticada, há cerca de um ano, com uma doença rara, chamada Síndrome de West, que provoca espasmos e provocou um atraso no desenvolvimento motor e cognitivo.
Foram essas convulsões que deixaram em alerta a família que vive no Frade de Baixo. O tio, Diogo, e a irmã, Liliana Carapinha, ambos enfermeiros, procuraram ajuda médica para descobrirem o problema da menina. O dinheiro angariado com as tampinhas serve para os tratamentos de terapia intensiva aos quais Carminho tem reagido muito bem. A família nota algumas evoluções que são pequenas vitórias. A terapia continua, assim como continuam a ser precisas mais tampinhas para ajudar a pequena Carminho.
Quando a sua irmã começou a recolha de tampinhas, o enfermeiro lembrou-se de escrever uma música para a sobrinha mais nova. A letra de “Um Anjo sem Asas” surgiu numa tarde em sua casa. Em frente ao computador, com um microfone, um piano e material de gravação, a nova versão da música começou a ganhar forma.

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