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Tejo Energia quer converter central do Pego à produção de energia verde

Projecto implicará um investimento na ordem dos 900 milhões de euros.

A TrustEnergy, accionista maioritário da Tejo Energia, quer reconverter a central a carvão do Pego, em Abrantes, num Centro Renovável de Produção de Energia Verde, projecto que, de forma faseada, implicará um investimento de 900 milhões de euros.

Com o contrato de aquisição de energia a partir do carvão a cessar em 30 de Novembro, na sequência das políticas de descarbonização nacionais, a TrustEnergy “entende que a melhor opção não será o desmantelamento da estrutura, mas o desenvolvimento de um ambicioso projecto de transição justa da Central Termoelétrica do Pego para um Centro Renovável de Produção de Energia Verde nas suas várias formas”, disse José Grácio.

O presidente executivo da TrustEnergy explicou que o projecto passa pela “electricidade, hidrogénio e outros gases renováveis a partir de diversas fontes primárias de energia local, como a solar, eólica e resíduos florestais”.
Este projecto, que a empresa quer implementar com apoios do Fundo para uma Transição Justa (FJJ) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a que se vai candidatar, “constituirá um caminho sustentável e de futuro” e visa “transformar uma ameaça”, que seria o encerramento da central, “numa grande oportunidade para a região e para o país”.

A conversão da central a carvão do Pego para resíduos florestais locais é a “solução a curto prazo para abastecimento do sistema eléctrico português com energia renovável despachável” (que pode funcionar quando for necessário independentemente das condições climatéricas), e “até que soluções alternativas para a adequada integração de fontes renováveis intermitentes sejam implementadas”, sendo que o modelo funcional preconizado irá incluir a utilização de outras fontes de energia de forma faseada.

No projecto destaca-se a “utilização do potencial solar da região para produção de energia térmica e fotovoltaica, permitindo produção de energia eléctrica a mais baixos preços”, a “utilização de energia eólica que tirará partido dos mais recentes desenvolvimentos de turbinas eólicas capazes de boas capacidades de produção mesmo em baixo regime de vento”, energia que “será utilizada para injecção na rede eléctrica quando assim houver necessidade, mas que também poderá ser convertida em hidrogénio verde”.

Segundo afirmou José Grácio, “já este ano, e após o final da produção de energia eléctrica a carvão, a Tejo Energia poderá produzir energia eléctrica nas actuais instalações, através da utilização de forma sustentável de resíduos florestais torrificados quando não houver no país produção de origem solar nem eólica”. “O Governo, a autarquia local, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o acionista maioritário estão alinhados com o futuro de reconversão da central”, vincou José Grácio, tendo manifestado a sua satisfação pelas declarações da ministra da Coesão Territorial em recente visita a Abrantes sobre o projecto da Tejo Energia, que emprega cerca de 200 pessoas.

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