Funcionária da Câmara de Tomar agredida em bairro problemático
Uma funcionária da acção social foi agredida verbalmente e com uma garrafa com água por uma mulher residente no bairro social de Nossa Senhora dos Anjos. Autarcas defendem penalizações para quem tem este tipo de comportamentos.
O bairro social de Nossa Senhora dos Anjos, em Tomar, foi palco de mais um episódio lamentável que envolveu agressões, por parte de uma residente, a uma funcionária do departamento de Acção Social do município. Hugo Cristóvão (PS), vice-presidente da autarquia, confirmou o caso a O MIRANTE afirmando que as agressões foram sobretudo verbais, mas que também foi atirada uma garrafa com água com o intuito de magoar a profissional. Informou que foi feita queixa às autoridades e que o processo está a decorrer. “São situações que não deviam acontecer, mas que infelizmente ainda acontecem sobretudo a quem trabalha no terreno com famílias carenciadas”, lamentou.
O assunto veio à baila depois de Célia Bonet, vereadora do PSD, ter questionado a maioria socialista na última reunião de câmara, que se realizou a 24 de Maio. A autarca lamentou o episódio e pediu para o município apostar mais na proximidade e acompanhamento das famílias que residem nos dois bairros sociais mais problemáticos de Tomar: o Bairro 1º de Maio e o Bairro de Nossa Senhora dos Anjos.
Ainda sobre o caso da agressão, Célia Bonet sugeriu que a autarquia começasse a tomar medidas mais rigorosas para penalizar quem tem este tipo de comportamentos. “Nos dias de hoje não se pode tolerar estas atitudes. A câmara tem de trabalhar mais com as famílias para prevenir que continuem a acontecer episódios de violência”, sublinhou.
Hugo Cristóvão concordou com grande parte do que disse a vereadora social-democrata discordando apenas no ponto em que foi sugerido mais trabalho de proximidade com as famílias. “Fazemos um acompanhamento regular, inclusive temos sempre obras a decorrer nos bairros para dar um sinal de presença constante”, disse acrescentando que o município não se pode substituir ao trabalho das forças policiais e que não deve colocar uma família na rua “por boatos ou pelo diz que disse”.