Manter ou até melhorar os níveis de eficácia e de qualidade na prestação dos cuidados de saúde no Hospital de Vila Franca de Xira é o objectivo do Governo agora que aquela unidade volta para as mãos da gestão pública depois de uma década sob gestão da José de Mello Saúde, dona da rede CUF.
A garantia foi deixada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, numa visita realizada ao hospital na manhã de segunda-feira, 24 de Maio, onde prometeu manter as actuais valências e até reforçá-las para dar resposta às necessidades. Essa situação será articulada entre a nova administração e a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
“A ideia e o foco é manter a qualidade do hospital e que a transição para a gestão pública seja sentida o menos possível e se for para ser sentida que seja para melhor”, anunciou o governante, lembrando que o foco nessa missão abrange todos os profissionais daquela unidade. “Nada mudará, os doentes e os profissionais de saúde continuarão cá no dia seguinte à transição para uma gestão pública. O hospital continua a ser o mesmo”, garantiu o governante.
Serras Lopes diz já ter tido uma “boa experiência” com a José de Mello Saúde quando se tratou de passar a gestão do Hospital de Braga, também ele uma parceria público-privada, para a gestão pública. “Pela boa experiência que tivemos não há nenhuma razão para Vila Franca de Xira não ser assim, até porque se manterão os mesmos parceiros”, notou.
Diogo Serras Lopes contactou de perto com a nova administração, liderada por Carlos Andrade e Costa, e deixou palavras de tranquilidade e conforto a utentes e autarcas locais, garantindo que o hospital continuará o seu caminho de procura pela excelência e qualidade. A administração terá Maria Sofia Loureiro dos Santos como directora clínica e Ana Paula Eusébio como enfermeira directora, bem como os vogais executivos Bruno Ferreira e António Pinheiro.
Já no que diz respeito à necessária ampliação do edifício o governante diz que para já não há nenhum plano para que isso aconteça. “O Governo e a ARS estão sempre a planear as necessidades da população e há questões sobre o dimensionamento do hospital face à população que serve que serão tidos em conta com os vários planos que temos para a frente. Mas não tenho nada para prometer ou anunciar agora”, afirmou.