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Mudança da ASAE de Santarém para Almeirim contestada por sindicato
A Associação Sindical dos Funcionários da ASAE considera reprovável a forma como está a decorrer mudança das instalações para Almeirim

Mudança da ASAE de Santarém para Almeirim contestada por sindicato

Estrutura representativa dos trabalhadores da ASAE considera que a transferência de Santarém para Almeirim, onde o município disponibiliza instalações gratuitas, é despropositada e está a ser tratada sem ter em conta os interesses dos funcionários.

A Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) considera “reprovável” a forma como está a decorrer o processo de mudança das instalações da ASAE em Santarém para Almeirim. Essa estrutura sindical diz que não foram consultadas as organizações sindicais nem os funcionários que ali trabalham há mais de uma década, o que, na sua opinião, revela “total desconsideração pelos inconvenientes que tal mudança causará no dia-a-dia dos mesmos”.


Tal como O MIRANTE noticiou, a ASAE pretende mudar a sua unidade operacional de Santarém para Almeirim, onde o município local disponibiliza instalações graciosamente. A intenção é reduzir custos. Recorde-se que a Câmara de Almeirim decidiu, no dia 17 de Maio, comunicar à ASAE que vai adquirir um espaço com cerca de 500 metros quadrados para instalar a delegação que actualmente funciona em Santarém, numa vivenda do bairro de São Bento.


A anunciada mudança não parece ser muito popular entre os funcionários da ASAE. “Considera-se que a saída das instalações da capital de distrito, sem qualquer fundamento, para além do cariz aparentemente económico, em nada beneficiará nem os operadores económicos nem os consumidores, face à acessibilidade e escassez de transportes públicos, dificultando e desmotivando qualquer deslocação ao local”, alega o sindicato em comunicado datado de 18 de Maio.


A associação sindical classifica como “inaceitável e vergonhoso que a direcção da ASAE preconize como soluções a realização de protocolos com as autarquias a fim de encontrar soluções (de preferência gratuitas), para a instalação dos seus serviços, ao invés de investir na manutenção das suas instalações, sem qualquer dependência de outras entidades, a quem tem competência para fiscalizar em algumas matérias”.

Críticas em Santarém

Uma opinião em linha com a que o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), expressou quando confrontado pela oposição sobre o assunto. Na última reunião de câmara, o autarca disse que tinha sido contactado pela ASAE no sentido de saber se o município tinha imóveis para ceder gratuitamente. A resposta foi negativa. “Não temos imóveis para ceder mas indicámos alguns espaços para arrendar”, informou Ricardo Gonçalves (PSD), que desvalorizou a saída da ASAE da cidade mas não poupou críticas.

“É lamentável este tipo de processos. Parece que estamos outra vez nos tempos da troika. Organismos do Estado andarem a pedinchar edifícios é vergonhoso. O Estado é que deve ter uma estratégia, saber onde quer estar e não andar à procura avulsa de quem lhe dê instalações”, afirmou Ricardo Gonçalves.

ASAE elogia Câmara de Almeirim

As instalações em Almeirim, para onde se deve transferir a ASAE, ficam num prédio situado numa das entradas da cidade pela Nacional 114, nunca foram ocupadas e são amplas. A ASAE solicitou à Câmara de Almeirim que disponibilizasse instalações com capacidade para 19 trabalhadores, dos quais 14 inspectores, e elogiou a capacidade e dinamismo do município para atrair organismos públicos, apontando a cidade com uma boa solução.

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