Cinco borregos foram mortos por cães na semana passada no terreno que Joaquim Perpétua possui no Charnecão, perto da Zona Industrial de Alpiarça. Os animais atacaram em duas noites seguidas tendo conseguido passar pelo arame farpado para atacar o rebanho com 120 ovelhas e borregos. Quando viu os animais mortos, Joaquim Perpétua chamou a Guarda Nacional Republicana (GNR) e apresentou queixa contra desconhecidos. “A GNR disse-me que só se os cães forem apanhados e se verificar que têm dono é que posso ser ressarcido dos prejuízos. São cerca de 450 euros. Não é que seja uma fortuna mas para quem ganha pouco, como eu, é um prejuízo grande”, explica a O MIRANTE.

Joaquim Perpétua tem 63 anos e é reformado. Trabalhou toda a vida como servente de pedreiro. Comprou o rebanho para criar e vender animais e ajudar na sua parca reforma. Desde o ataque dos cães o reformado transferiu os animais para outro terreno, do outro lado da estrada, onde estão mais seguros. Ali há gradeamento que os cães não conseguem saltar. Joaquim Perpétua conta que viu os cães no dia seguinte a ter apresentado denúncia, um cão preto e outro castanho, mas que estes fugiram e não conseguiu apanhá-los.

Todos os dias, por volta das seis da manhã, Joaquim Perpétua desloca-se da sua casa, no Casalinho, até ao Charnecão para alimentar o rebanho de ovelhas. Ao final da tarde regressa para dar novamente alimento. O reformado ainda tem esperança que os cães sejam apanhados e que tenham dono para que possa ser ressarcido dos prejuízos com a morte dos borregos.