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Endesa quer concurso para reconversão de central do Pego 

A segunda maior accionista da central de carvão do Pego, desactivada a partir de Novembro próximo, quer que o Governo lance novo concurso e propõe um projecto de 600 milhões de euros, adiantou o seu presidente

A segunda maior accionista da central de carvão do Pego, desactivada a partir de Novembro próximo, quer que o Governo lance novo concurso e propõe um projecto de 600 milhões de euros, adiantou o seu presidente. Em declarações à Lusa, Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, explicou que a empresa espanhola não se entendeu com o seu actual sócio na Tejo Energia, a TrustEnergy, para a apresentação de um projecto conjunto de substituição da central a carvão e criticou a decisão desta entidade em avançar com uma reconversão baseada na biomassa. “Desenhámos um conceito baseado em três pilares”, indicou, apontando para a “geração renovável com base em fotovoltaica”, a “acumulação de energia com base em séries de baterias” e o “hidrogénio verde que não só está na linha dos objectivos das políticas energéticas, como é um valor acrescentado para a região”.

A TrustEnergy, que detém 56% da central do Pego, divulgou um projecto de 900 milhões de euros.
A conversão da central a carvão do Pego para resíduos florestais locais, segundo o sócio da Endesa, é a “solução a curto prazo para abastecimento do sistema eléctrico português com energia renovável despachável”, e “até que soluções alternativas para a adequada integração de fontes renováveis intermitentes sejam implementadas”.

O gestor alerta que “há uma escassez de biomassa para alimentar um ‘dragão’ daquele tamanho” e que, por isso, a central iria “comprar um problema enorme com vários sectores industriais”, recordando que muitos deles são clientes da empresa.

“Íamos arranjar um ‘problemão’ porque há escassez de biomassa para fileiras industriais que têm mais valor acrescentado, como o papel, móveis, construção civil. Não há biomassa para uma central desta dimensão”, salientou, acrescentando que “a biomassa nomeadamente para centrais de grande escala está a ser posta em causa” na sua classificação de neutra em dióxido de carbono (CO2) em Bruxelas.

Questionado sobre a possibilidade da Endesa vender a sua participação na central, o gestor reconheceu que “houve alguma abordagem mas em condições que francamente não interessaram”.

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