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Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo lança campanha na Feira de Agricultura
Trabalhadores ao ar livre devem usar vestuário adequado, protector solar e chapéu de aba larga

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo lança campanha na Feira de Agricultura

Iniciativa focada nas áreas profissionais ao ar livre pretende sensibilizar para a importância de se adoptarem comportamentos adequados em relação ao sol.

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) lançou na quarta-feira, 9 de Junho, a campanha ‘De Sol a Sol’, na Feira Nacional de Agricultura 2021, em Santarém, para incentivar o diagnóstico precoce e a adopção de comportamentos em relação ao sol.
Ao focar-se nas áreas profissionais ao ar livre, a iniciativa pretende sensibilizar para a importância de se adoptarem comportamentos adequados em relação ao sol. “Não podemos mudar a genética e a predisposição natural de cada um, mas podemos ajudar a adoptar comportamentos adequados que passam por reduzir a dose de exposição aos raios ultravioleta”, esclareceu o presidente da APCC, João Maia e Silva.

Algumas estratégias passam por evitar os horários mais críticos de exposição solar, quando tal é possível, ou criando sombras em profissões que o permitam, mas também pela utilização de vestuário adequado, protector solar e chapéu de aba larga.

Segundo os dados mais recentes da APCC, embora os agricultores tenham uma percepção generalizada (a rondar os 80%) de que a exposição solar está associada ao risco de aparecimento do cancro de pele, só uma minoria é que adopta medidas de protecção: apenas 12% usam protector solar com regularidade, 20% usam óculos de sol, 30% usam chapéu e outros 30% procuram ou criam sombras nos seus locais de trabalho”.

João Maia e Silva sublinhou que a “pele tem memória e que vai acumulando lesões que mais tarde vão provocar o fotoenvelhecimento precoce e o aparecimento de cancros de pele”.

Metade dos inquiridos dizem ter sofrido queimaduras graves ao longo da vida, um dado “alarmante” visto que as “queimaduras solares duplicam o risco de incidência da doença”, explicou o médico.

Além disso, 30% dos agricultores referem ter sofrido de queimadura solar no ano anterior e, destes, 10% dizem ter sofrido três queimaduras ou mais. Estas estatísticas explicam que 11% dos agricultores tenham no seu historial clínico diagnósticos de cancro de pele ou de lesões paraneoplásticas já tratadas. “O diagnóstico precoce, que passa muito pelo auto-exame, é importante porque pode decidir entre a vida e a morte”, expõe o presidente da APCC.

Os sinais de alarme incluem o aparecimento de sinal de cor negra em pele com alteração de tamanho, espessura e cor, sensação de ardor ou comichão ou hemorragia fácil; o aparecimento recente de ferida, nódulo ou ‘verruga’ rosada de crescimento rápido; e a existência de qualquer sinal recente que seja assimétrico, tenha bordo irregular, uma cor não uniforme ou um diâmetro superior a seis milímetros.
A campanha, organizada em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia termina na quinta-feira, dia 10 de Junho.

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo lança campanha na Feira de Agricultura

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