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Aterro de Azambuja abre guerra  entre município e CCDR 
O presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, entende que há motivos para encerrar imediatamente o aterro

Aterro de Azambuja abre guerra  entre município e CCDR 

Câmara de Azambuja contraria informações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre as toneladas de lixo depositadas no aterro e fala em atropelos à lei.

Depois de ter obtido a renovação da licença ambiental e de actividade para mais cinco anos, o aterro de resíduos industriais não perigosos de Azambuja, explorado pela Triaza, volta a reacender divergências entre o município e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT). A Câmara de Azambuja, liderada pelo socialista Luís de Sousa, não se conforma com a decisão e garante que há motivos para encerrar imediatamente a única célula que está em laboração.

A autarquia refere em comunicado que “ainda que a CCDRLVT diga que estão depositados em aterro 172.774 toneladas de resíduos e que a capacidade máxima é de 201.868 toneladas, as medições topográficas feitas pelos técnicos da câmara indicam que a cota altimétrica está ultrapassada”. Nesse sentido, comunicou à CCDRLVT que a célula tem de ser encerrada, uma exigência que, a ser cumprida, impediria a Triaza de receber mais resíduos, uma vez que a câmara municipal não licencia a construção das duas novas células previstas no projecto licenciado em 2017.

“A nova licença emitida é, deste modo, praticamente inconsequente, porque nunca iremos permitir a abertura de outras células”, lê-se no comunicado assinado por Luís de Sousa e os três vereadores socialistas que integram o executivo. Na mesma nota é dito que, durante a exploração do aterro, “o município deu conta de vários atropelos à lei”, que denunciou às autoridades e judicialmente.

Para a emissão das licenças, recorde-se, a CCDRLVT efectuou uma vistoria na qual  afirma que não se identificaram incumprimentos legais ou matéria técnica com impacte para o ambiente e saúde humana impeditivas da sua renovação.

A contestação ao aterro, instalado sem um estudo de impacte ambiental a cerca de 300 metros de habitações, na periferia de Azambuja, começou a acentuar-se em 2019 devido aos maus cheiros e à presença de centenas de aves a alimentar-se de lixo.

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