Em Portugal existem 1.064 associações empresariais. Uma por cada 375 empresas, que disputam a representatividade de 380 mil sociedades comerciais que entregam IES (Informação Empresarial Simplificada).

A informação foi dada pelo presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho, dia 17 de Junho, na tomada de posse dos novos órgãos sociais da Nerbe/Aebal - Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral.
Para José Eduardo Carvalho a situação merece uma reflexão sobre se o problema é o alheamento das empresas ou se é o fraco valor do trabalho das associações e da sua actividade.

José Eduardo Carvalho lembrou também que a actividade principal das associações empresariais plurisectoriais é invadido diariamente por uma sobreposição de actividades e acções, seja pelos clusters, pelas CIM (Comunidades Intermunicipais), pelas universidades, pelos organismos públicos, pelas fundações. “Todos concorrem no mesmo espaço e no mesmo mercado. E com as mesmas empresas”.

Dizendo-se intrigado pela complacência e resignação com que as associações empresariais assistem ao que se passa defendeu a necessidade de uma reflexão sobre o “reposicionamento estratégico das associações, sobre o seu core, utilidade social, financiamento e a sua sustentabilidade e qualidade da gestão operacional que existe nas associações. E também uma reflexão sobre as suas prioridades de actividade e acção”.