O saber fazer é privilegiado em todos os pratos da Tertúlia da Quinta, restaurante de Almeirim, que utiliza na sua confecção as carnes, os legumes e os frutos típicos da região. Os mais apreciados e solicitados são o touro bravo assado no forno ou em bifes, o alguidar da matança com migas e o borrego no forno d’avó. No entanto, é sem dúvida, a Sopa da Pedra a principal iguaria e a que faz com que Almeirim esteja no mapa dos amantes da boa gastronomia regional.

De uma enorme riqueza, no conteúdo, no aspecto e no paladar, a sua certificação como especialidade tradicional nacional e dentro de pouco tempo ETG (certificação europeia) aconteceu para salvaguardar e defender o antigo receituário de Almeirim e dar aos clientes a garantia de qualidade e cumprimento dos requisitos na execução da mesma.

Sem pedra ou com pedra os clientes da Tertúlia da Quinta buscam o seu sabor e alguns chegam mesmo a só comer Sopa da Pedra. E repetem dizendo que nunca comeram uma Sopa da Pedra assim e até levam para casa. Muitos referem também que outras sopas que por aí aparecem são meras tentativas menos conseguidas.
O proprietário do restaurante, Sérgio Rodrigues, nota que muitos clientes estão a voltar e a afirmar que as saudades da verdadeira Sopa da Pedra eram imensas pois a pandemia levou a Tertúlia da Quinta a estar encerrada totalmente durante três meses.

O empresário explica que, com a certificação de restaurante típico através da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo foi dada a possibilidade aos comensais de optarem por pratos vegetarianos se assim o pretenderem.

A carta de vinhos também foi contemplada na certificação de restaurante típico tendo a Tertúlia da Quinta a grande maioria dos vinhos com origem na região Tejo. Tem também a marca Portão da Tertúlia com o seu branco e tinto de topo com a assinatura do enólogo António Ventura e com a raça de um néctar bem almeirinense.

O vinho, a caralhota cozida em forno de lenha, a Sopa da Pedra com enchidos de Almeirim o arroz doce (também ele premiado), são imperativos que justificam uma visita à Tertúlia da Quinta, também ela montra do capital de utensílios, objectos e costumes da Lezíria do Tejo e de Almeirim, especificamente.