Homenagens, aproveitamentos e rapinagens de artistas mortos e vivos
Pega-se num artista morto, juntam-se uns amigos artistas e vende-se às câmaras municipais um espectáculo, que aquelas só compram por ser de homenagem a quem é.
Pega-se num artista morto, juntam-se uns amigos artistas e vende-se às câmaras municipais um espectáculo, que aquelas só compram por ser de homenagem a quem é. Na prática, do que se trata não é de uma homenagem nenhuma, mas de um aproveitamento do nome do defunto. Do capital artístico que obteve em vida. E estas homenagens também passam pela criação de bandas de tributo a... que se entretêm a ganhar uns trocos, assassinando o tributo que o artista nos legou a todos.
Não são só os mortos, como o cantor Pedro Barroso, por exemplo, a serem aproveitados para homenagens. Também há vivos vítimas desta rapinagem. Há uns anos descobri que havia, creio que nos Açores, uma banda de tributo aos Quinta do Bill, de Tomar, que ainda estão no activo. Quem contrata esta gente pactua. Quem veste as roupas do defunto factura. Tudo isto é triste, tudo isto existe, tudo isto é...seja lá o que for.
Rui Ricardo