O presidente da Sociedade Recreativa Operária do Vale de Santarém apresentou queixa na GNR após ter sido ameaçado por um sócio, que lhe apontou uma pistola. O caso passou-se ao final da tarde de 4 de Junho, uma sexta-feira, e Manuel Neves apresentou queixa às autoridades na segunda-feira seguinte. Duas semanas depois ainda não tinha conhecimento de qualquer desenvolvimento do processo nem que alguma das testemunhas tivesse sido notificada para prestar declarações.

O desaguisado aconteceu na sede da popular colectividade, fundada há 82 anos, perante várias testemunhas. Manuel Neves diz que nada fazia prever que sucedesse uma situação do género, já que não mantinha qualquer quezília com a pessoa que o terá ameaçado, tendo, inclusivamente, um bom relacionamento com os filhos, que terão ajudado a serenar os ânimos.

Manuel Neves é presidente da colectividade há 13 anos e diz que nunca lhe tinha sucedido nenhum caso de semelhante gravidade. A Sociedade Recreativa Operária do Vale de Santarém tem actualmente actividades de karaté, ginástica e zumba. A sede tem funcionado em horário reduzido, das 17h30 às 20h00 durante a semana, e das 14h00 às 20h00 aos fins-de-semana.

“Não conheço nenhuma associação que esteja a atravessar um bom momento”, disse a O MIRANTE Manuel Neves, quando confrontado com os efeitos da pandemia na actividade associativa, acrescentando que estão a fazer tudo para que as portas da sede não se fechem e que possam continuar a prestar um serviço à comunidade.

Para isso têm contado com alguns apoios do município de Santarém, o último dos quais no valor de 500 euros que ajudou a aliviar as contas da associação.