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Jorge Ferreira Dias começa a ser julgado por agressões na reunião de câmara de Abrantes
Jorge Dias tem um longo litígio com a Câmara de Abrantes

Jorge Ferreira Dias começa a ser julgado por agressões na reunião de câmara de Abrantes

O ex-empresário que mantém um litígio com o município de Abrantes é acusado pelo Ministério Público de três crimes de ofensa à integridade física qualificada, nas pessoas do presidente da câmara, do vice-presidente e de uma funcionária.

Jorge Ferreira Dias vai começar a ser julgado por agressões ao presidente e ao vice-presidente da Câmara de Abrantes e a uma funcionária municipal, na sequência do episódio ocorrido no dia 22 de Dezembro de 2020, quando entrou pela reunião do executivo camarário com um pau na mão. O ex-empresário de construção civil, que mantém há mais de uma década um diferendo com a autarquia por causas de negócios imobiliários falhados, responde por três crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de ameaça agravada e um crime de coacção contra órgão constitucional.

O crime mais grave de que Jorge Ferreira Dias é acusado é o de ofensa à integridade física qualificada, que nas circunstâncias deste caso é, cada um dos três, punido com prisão até quatro anos. O segundo crime mais grave é o de coacção contra órgão constitucional, que em relação às autarquias é punido com prisão até três anos.

Pela ameaça agravada, quando o ex-empresário, já no exterior do Edifício Pirâmide, de onde foi retirado pela PSP seis minutos após ter invadido a sala, disse, dirigindo-se aos agentes policiais: “mato-os a todos”, incorre numa pena até dois anos de prisão ou multa até 240 dias. A expressão foi ouvida por Ricardo Aparício, funcionário do município e líder da concelhia do PS.

O Ministério Público acusa Jorge Ferreira Dias de ter entrado na sala onde decorria a reunião do executivo, cerca das 10h00, que estava vedada ao público devido à pandemia, empunhando um pau com 1,45 metros de comprimento e uma ponta metálica em forma de gancho, denominado gravato. Para entrar, segundo a investigação, empurrou a funcionária que o tentava impedir de passar a porta. Já dentro do espaço, dirigindo-se aos autarcas, perguntou se queriam resolver as coisas a bem ou como queriam fazer.

O arguido depois apontou o pau ao abdómen do presidente da câmara, Manuel Valamatos, que entretanto se tinha levantado do lugar e caminhado para o lado mais próximo da porta. Nessa altura o funcionário Ricardo Aparício, o vereador João Gomes e outros vereadores tentaram segurar o ex-empresário, que ao resistir feriu o presidente no lábio inferior. O funcionário conseguiu retirar-lhe o gravato da mão e nessa altura Jorge Ferreira Dias agarrou numa cadeira e atirou-a a João Gomes, ferindo-o no braço esquerdo.

Após os acontecimentos, em declarações a O MIRANTE, Jorge Ferreira Dias, que se encontra em prisão domiciliária, negou ter agredido ou tentado agredir Manuel Valamatos e alegou ter sido ele vítima de agressões, salientando que levou “no mínimo 10 pontapés”.

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