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Projecto milionário que levou PJ à Chamusca sem financiamento e com concurso deserto
Projecto para o novo Arquivo Municipal da Chamusca vai custar cerca de um milhão de euros e vai ser pago na totalidade pela autarquia. Na foto, a casa comprada ao vereador Manuel Romão por 80 mil euros, situada na EN 118 que atravessa a vila onde dificilmente se cruzam dois carros e os peões tem dificuldade em circular

Projecto milionário que levou PJ à Chamusca sem financiamento e com concurso deserto

As obras para a construção do novo Arquivo Municipal da Chamusca, com um custo total estimado em um milhão de euros, não são financiadas por fundos europeus e o concurso público, lançado em Abril, para a empreitada ficou deserto. O projecto em causa é o mesmo que terá levado a Polícia Judiciária ao edifício dos Paços do Concelho.

O projecto de cerca de um milhão de euros para construção do novo Arquivo Municipal da Chamusca, que terá levado a Polícia Judiciária (PJ) ao edifício da câmara, não tem financiamento europeu e o primeiro concurso público para a realização da empreitada, lançado em Abril último, não teve empresas interessadas.

As informações foram dadas pelo presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), na última reunião do executivo, o que significa que as intervenções vão ser pagas na totalidade com o dinheiro da autarquia. Na reunião de câmara, realizada a 15 de Junho, o executivo aprovou rever o preço base e submeter novamente a concurso, processo que vai demorar cerca de dois meses.

Paulo Queimado continua a não falar do projecto nas reuniões públicas e, depois de ter feito esperar durante meses a vereadora Gisela Matias (CDU) pelo envio do projecto, a autarca queixou-se de não conseguir ter acesso às partes do documento onde constam as plantas.

No entanto, o contrato publicado em Diário da República descreve o Arquivo Municipal como tendo “características museológicas, o qual contém salas de trabalho e de tratamento de peças para exposição ou para o arquivo, que fará cumprir as exigências impostas para imóveis com estas características, permitindo assim que este desempenhe eficazmente as suas funções e se assuma, localmente, como uma referência, apostando na qualidade estética, ambiental e funcional”.

A questão que continua sem resposta, por falta de conhecimento público do projecto, é se o valor milionário para a empreitada é demasiado elevado para o que pretende ser o novo arquivo municipal.

Recorde-se que o projecto do novo Arquivo Municipal da Chamusca tem feito correr muita tinta nos últimos meses, sobretudo depois da visita da PJ, no dia 5 de Maio, ao edifício dos Paços do Concelho. Uma das razões prende-se com o facto de um dos edifícios, antigo e degradado, onde vai ficar o arquivo, ter sido comprado, por 80 mil euros, ao vereador socialista Manuel Romão, uma decisão polémica e que causou grande surpresa no meio chamusquense.

Curiosamente, o anúncio da compra do prédio ao vereador foi feito precisamente na reunião de câmara em que Manuel Romão participou pela primeira vez em regime de substituição do vereador Rui Ferreira, por este se encontrar de férias. A instalação do arquivo municipal também contempla um edifício devoluto, a poucos metros da casa do vereador, onde em tempos esteve instalado o Centro Regional de Artesanato.

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