A organização da Agroglobal anunciou que a edição deste ano dessa feira agrícola vai ser realizada em modo presencial, estando agendada para os dias 7, 8 e 9 de Setembro, em Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo.

“A esperança transformou-se na convicção que, com certificado digital ou teste Covid, ou mesmo sem restrições, a Agroglobal 2021 será uma realidade”, diz Joaquim Pedro Torres, mentor e promotor do certame, que não poupa críticas aos decisores políticos pela forma como têm tratado o sector agrícola.

“Houve bastante tempo para reflectir sobre o que deveríamos fazer para sair da, ainda mais difícil, situação económica em que esta pandemia vai deixar o país. Um sem número de estratégias foram apresentadas. Umas válidas e outras que, de antemão, sabemos que têm tudo para não resultar. Mas o mais simples – é tão difícil fazer o simples – foi mais uma vez esquecido. Olha-se para o PRR, para o PNI20-30 e o sector que mais poderia fazer para a construção de um país diferente – a agricultura – não consta em nada relevante, vá-se lá perceber porquê”, critica Joaquim Pedro Torres.

O empresário diz que “nem um exemplo como o Alqueva foi suficiente para demonstrar que é essencial investir na água e no sol, os nossos mais importantes recursos naturais”. E acrescenta que “as pretensas preocupações com as alterações climáticas e transição energética também não nos mobilizaram para evitar o desperdício daqueles recursos. As crescentes necessidades alimentares essas … outros resolverão”.

E deixa a garantia que “a fileira agrícola não vai baixar os braços, quer produzir mais e com mais valor acrescentado e por isso falará a uma só voz em Valada do Ribatejo”.