Os bombeiros representam uma das maiores despesas da Câmara do Sardoal, em ordenados dos operacionais e em equipamentos. No total das despesas com a protecção civil em 2020, no valor de 947 mil euros, os bombeiros municipais absorveram 687 mil euros, conforme está espelhado no relatório de contas do ano passado, que agora foi submetido à apreciação dos autarcas. O município tem um orçamento de cerca de 15 milhões de euros.

O valor reflecte os vencimentos dos 21 bombeiros profissionais e os investimentos necessários em equipamentos, além de despesas fixas mensais. O presidente do município, Miguel Borges, vê este investimento como bem empregue apesar de considerar que o Governo deveria apoiar também nos gastos com os bombeiros municipais, que são todos assumidos pela câmara, ao contrário das corporações voluntárias.

Este foi mais um ano em que os resultados foram negativos com a dívida a aumentar 341 mil euros. O presidente da autarquia, Miguel Borges, deu conta de um resultado líquido do exercício negativo de menos 727 566 mil euros apresentando várias explicações para o sucedido, como a passagem para o novo sistema de contabilidade que tem em conta parcelas diferentes do sistema anterior. O autarca diz que se as contas tivessem sido feitas no sistema anterior o resultado líquido do exercício seria positivo. Os investimentos realizados ao longo do ano, como as obras na escola, os apoios extraordinários devido à pandemia e o atraso no recebimento dos fundos comunitários, foram outras das justificações.

Os vereadores do Partido Socialista, que votaram contra as contas, consideraram que a pandemia não pode ser utilizada como desculpa para tudo, demonstrando preocupação com o atraso no pagamento a empresas do concelho, assim como na falta de investimento com retorno, de apoio ao associativismo e à juventude, considerando que só dessa forma será possível atrair mais pessoas para o interior do país.