Alberto Mesquita responde à contestação sobre o Centro de Saúde de Vialonga
Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira não compreende críticas e queixas que têm surgido nos últimos dias e garante que a Administração Regional de Saúde já está a tentar solucionar algumas questões. Eleitos da assembleia de freguesia também apontam problemas.
A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo já terá em sua posse uma lista dos problemas identificados pelos profissionais do novo Centro de Saúde de Vialonga e está a trabalhar para os resolver. A novidade foi deixada na última semana pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, que foi questionado na assembleia municipal sobre os problemas que têm sido verificados no atendimento daquela unidade nas últimas semanas.
O autarca voltou a defender a importância da obra e o investimento municipal realizado a transformar o antigo ninho de empresas em centro de saúde, que custou mais de 400 mil euros aos cofres municipais - dos 800 mil que a obra custou. E voltou a vincar que o funcionamento do centro de saúde não é uma competência do município.
“É preciso ter análise crítica construtiva. O que temos hoje é cinquenta vezes melhor do que aquilo que tínhamos no passado. As queixas do coordenador da USF são questões de pormenor”, notou o autarca, destacando as novas valências de estomatologia e psicologia que o espaço permite receber.
“O centro de saúde começou a funcionar e creio que as pessoas é que irão avaliar se estão melhor ou pior. Se acham que estão pior agora, então o antigo era bom e isto não valeu a pena”, lamentou Alberto Mesquita, lembrando os 11 milhões de euros investidos nos últimos anos a construir novos centros de saúde.
“Obra foi deitar dinheiro fora”
Para José António Gomes, presidente da Junta de Vialonga, a obra de adaptação do antigo ninho de empresas em centro de saúde foi um erro, considerando que a terceira maior freguesia do concelho merecia a construção de uma unidade de raiz. “Ainda o centro de saúde estava em obras já eu estava a receber o feedback de que os médicos não estavam de acordo com as obras. Apresentaram propostas para alteração mas não foram aceites. As entidades não deram ouvidos”, critica.
O autarca lamenta que a nova sala de espera dos utentes seja mais pequena que a anterior numa altura em que o número de habitantes da freguesia já anda perto das 22 mil pessoas. “Este centro de saúde vem remediar mas não resolve os problemas. Um utente teve de sair por cima da porta da casa-de-banho porque ela não abria. Não cabe na cabeça de ninguém. Foi deitar dinheiro fora. Um erro. Aquele não é o centro de saúde que merecíamos. Ficámos esquecidos”, critica José António Gomes.
Também Isabel Pato, da bancada da CDU, considera o novo edifício “um espartilho” para utentes e médicos e Fábio Pinto, presidente da assembleia de freguesia, nota que ninguém pode ficar contente com a situação. “A solução de remediar não vai ao encontro das necessidades da freguesia”, considera.