A Assembleia de Freguesia de Azambuja juntou-se ao coro de críticas ao município e aprovou uma moção na qual se manifesta contra a substituição do piso empedrado por alcatrão na Rua Engenheiro Moniz da Maia, uma das ruas principais da vila de Azambuja. Uma medida defendida pelo executivo camarário de maioria socialista, liderado por Luís de Sousa, e que tem contado com forte contestação não só da oposição como até de autarcas do PS.

No texto é criticada a opção “unilateral” de Luís de Sousa, que usando das suas prerrogativas enquanto presidente de câmara decidiu “desfigurar as principais ruas da vila”. E censura-se o facto de não ter havido uma auscultação prévia da Junta e Assembleia de Freguesia de Azambuja.

A Assembleia de Freguesia de Azambuja pede à câmara municipal a suspensão das obras de forma a “consensualizar o tipo de intervenção e um calendário mais oportuno”, mas o presidente da Câmara de Azambuja reiterou a O MIRANTE que as obras vão mesmo avançar apesar das opiniões divergentes.

A moção, apresentada pelo PSD, foi aprovada com nove votos a favor (4 do PS, 4 do PSD e 1 do CDS) e duas abstenções do PS e BE. No texto solicita-se ainda que o município altere o calendário das obras uma vez que estas vão “dificultar o acesso aos estabelecimentos durante mais de 300 dias”.

Segundo é alegado pelos contestatários, este calendário vai prejudicar ainda mais os comerciantes de Azambuja que, no último ano, “estiveram privados de trabalhar durante vários meses, devido às restrições da pandemia”, conforme alertou a presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, Inês Louro, na última reunião da assembleia municipal.

Recorde-se que a mudança do piso na rua principal é uma questão que divide os eleitos da Câmara Municipal de Azambuja, com o PS a favor da substituição, e com o PSD contra. A junta de freguesia é contra a alteração do piso, e, em tempos, fez chegar à autarquia uma deliberação contra esta alteração, mas não obteve resposta por parte da câmara municipal.