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A pontualidade britânica dos correios e a formosura d@s candidat@s na luta contra a abstenção

Carismático Manuel Serra d’Aire

O mundo tal como o conhecemos está a desmoronar-se a olhos vistos. A pandemia virou-nos a vida do avesso: figuras julgadas intocáveis, como o ex-presidente do Alverca e o risonho Berardo, são detidas e sofrem a humilhação de ter de pernoitar numa cela e comer feijão com atum; houve dias deste mês de estio que mais pareciam de Fevereiro; e vamos ter uma campanha eleitoral para as autárquicas mais segura e higiénica.

Essa é a prova de que se consegue extrair sempre algo de positivo do maior dos cataclismos. Se tudo correr bem e na graça do Senhor, este ano não vamos ter jantares de carne assada nem lanches de porco no espeto entremeados com música pimba e discursos pumba. Não vai haver candidatos a distribuir papelada que ninguém lê pelas ruas, nem a ferrar beijinhos a peixeiras e floristas nos mercados. Esta campanha para as autárquicas, se Deus e a DGS quiserem, vai ser quase invisível e inaudível, ou seja, vai ser a campanha perfeita, à falta de candidatos perfeitos...

Embora haja algumas candidatas que roçam a perfeição começando pela formosa jovem que encabeça a lista da CDU por Almeirim. Se eu votasse na terra da sopa da pedra, já sabia onde ia pôr a minha cruz. Podem apelidar-me de marialva, machista, troglodita, depravado ou mesmo comunista que é para o lado que durmo melhor. Afinal de contas, como toda a gente sabe, nas autárquicas, mais do que nos partidos, vota-se nas pessoas. E, para mim, a jovem da CDU de Almeirim é a pessoa mais bem apessoada entre os candidatos que foram apresentados até agora e um forte argumento na luta contra a abstenção.

Mas, atenção, essa é só a minha opinião e não quero ser visto como um desses influencers que estão na moda. Gostos não se discutem e, provavelmente, haverá eleitores que se deixam cativar mais pelo bigode anos 70 do Pedro Ferreira, de Torres Novas, pela careca luzidia do Miguel Borges, do Sardoal, ou pelo charme balzaqueano de Anabela Freitas de Tomar, só para dar três exemplos. A isso se chama a democracia a funcionar contra qualquer espécie de ditadura do gosto. Até porque há candidatos para todos os gostos.

Manel eu também sou um dos que não foram afectados pela greve dos carteiros. Tinha esperança, por exemplo, que, devido a essa luta laboral que reteve milhares de correspondências nos correios, se evaporassem como que por milagre a conta do IMI, a prestação do seguro da casa, a factura da água ou a conta do gás, mas tudo chegou religiosamente à tabela à minha caixa de correio. Até parece que fazem de propósito!

Enfim, à falta de admiradoras que me dediquem umas palavras, resta-me ficar lisonjeado por haver entidades tão ilustres a perderem um bocadinho do seu tempo a escrever-me, ainda que seja por mero interesse comercial. Mas nesta idade era de esperar o quê? Cartas de amor da Sara Sampaio ou da Gisele Bündchen? Tem juízo Serafim...

Saudações eleitorais do Serafim das Neves

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