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Uma boa empresa tem de criar soluções em vez de entraves
Ninoska Louro é sócia-gerente da Xiraplás de Vila Franca de Xira

Uma boa empresa tem de criar soluções em vez de entraves

Ninoska Louro é sócia-gerente da Xiraplás – Empreendimentos de Fibra de Vidro, uma empresa vilafranquense com um longo historial no mercado e que está a crescer e a expandir o seu negócio. Para a empresária, o segredo para o sucesso é uma aposta prudente no crescimento e saber estar sempre disponível para as exigências e desafios dos clientes.

Uma empresa é como um familiar: precisa de paixão e amor, dedicação e de ser acarinhada diariamente para poder crescer. Uma boa empresa precisa também de saber criar soluções para os seus clientes e não entraves. Essa é a convicção de Ninoska Louro, 48 anos, sócia-gerente da Xiraplás – Empreendimentos de Fibra de Vidro de Vila Franca de Xira.

“Numa empresa não há limites à criatividade. Temos de estar sempre disponíveis para os nossos clientes e sempre fazer tudo para ir ao encontro das suas necessidades. Uma boa empresa não cria entraves, encontra soluções”, diz a empresária que tem como mote a crença de que os problemas são pequenos obstáculos que é preciso saber contornar e que fazem parte do dia-a-dia dos negócios.

Ninoska Louro nasceu na Venezuela mas diz sentir-se profundamente vilafranquense. Vive em VFX há 41 anos. Herdou o nome da filha da enfermeira venezuelana que assistiu ao parto. “Naquele tempo à entrada da maternidade os pais tinham de deixar, para efeitos de registo, um nome de rapaz e outro de rapariga. Mas os meus pais só deixaram o de rapaz e acabaram por colocar o nome da filha da enfermeira. Nunca pensaram que eu fosse nascer rapariga”, diz com um sorriso.

Mudar da Venezuela para Portugal foi um choque. “Foi uma mudança drástica. A Venezuela era extremamente desenvolvida na altura e chegar a Portugal foi recuar 30 anos. Nem semáforos havia nas ruas”, recorda.

Quando era pequena sonhava estar ligada ao ramo da moda e estética. Mas à medida que cresceu mudou a sua percepção da realidade e começou a acreditar que podia ser advogada. “Achei que podia vir a ser uma boa advogada mas não ia ter capacidade para defender algumas causas, sobretudo defender alguém que eu sabia ser culpado de um crime. Isso ia contra a minha natureza”, lembra. Por esse motivo optou por se licenciar em gestão e organização de empresas.

Já sabia que queria ficar na área da gestão mas não se via a trabalhar no negócio do pai. Esteve numa empresa de análise de projectos de investimento, em Lisboa, durante cinco anos e durante esse tempo foi sempre ajudando o pai na Xiraplás nos tempos livres. “Como a empresa foi crescendo chegou um momento em que não dava mais e tivemos de meter uma pessoa para assegurar as tarefas de gestão e acabei por voltar e ficar aqui a tempo inteiro”, explica.

“Noutra área não me sentiria tão realizada”

Já lá vão 21 anos e muitas histórias contadas ao lado de grandes clientes, como a Mitsubishi Motors Europe ou a Bombardier Transportation. A empresa fornece acessórios em fibra de vidro para vários sectores, incluindo o automóvel, ferroviário e mobiliário. E na mente está já o sector náutico. “Tudo com um nível de exigência muito elevado e sempre virados para a qualidade”, garante.

O que mais gosta no seu trabalho é cada dia nunca ser igual ao anterior. “Noutra área não me sentiria tão realizada como sinto. Gosto de lidar directamente com o cliente, vê-lo satisfeito e ver que quer voltar e crescer connosco”, diz a empresária, para quem o segredo do sucesso é ter também uma equipa forte e dedicada ao seu lado. “Os nossos colaboradores são muito importantes e uma mais-valia”, elogia.

Um dos grandes prazeres da vida de Ninoska Louro é estar com as duas filhas. “Rejuvenesce-me, liberta o stress e dá força para continuar no dia seguinte”, elogia. Tira-a do sério a mentira, falta de comunicação e ineficiência. “Vivemos numa altura em que é preciso cautela, honestidade e alguma intuição para gerir uma empresa. É preciso nunca desistir e não deixar de olhar positivamente para o futuro”, conclui.

Uma boa empresa tem de criar soluções em vez de entraves

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