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Alverca quer assumir-se como a cidade mais pujante da região
O movimento cívico O Estado de Arcena recebeu o galardão de mérito social e alertou para o grave problema ambiental gerado pelo aterro sanitário de Mato da Cruz. Presidente da junta Carlos Gonçalves deixou críticas à falta de limpeza na cidade

Alverca quer assumir-se como a cidade mais pujante da região

31 anos depois de ser elevada a cidade Alverca continua a crescer e a afirmar-se como uma terra onde dá gosto viver. No entanto alguns problemas que subsistem marcaram os discursos em dia de festa.

Alverca do Ribatejo é uma das cidades economicamente mais pujantes da região e, se fosse um concelho, teria um orçamento nunca inferior a 20 milhões de euros. A ideia foi deixada pelo presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Carlos Gonçalves, na cerimónia de comemoração dos 31 anos de elevação de Alverca a cidade, que decorreu na noite de 13 de Julho na Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense.

O autarca lamentou que apesar de todo esse dinamismo económico a junta tenha de sobreviver com pouco mais de 1,8 milhões de euros anuais transferidos pela Câmara de Vila Franca de Xira. “Fomos a primeira terra a ser elevada a cidade sem ser concelho. Somos a cidade mais pujante da região e continuamos dependentes da câmara para nos resolver muitos problemas que não estão na competência da junta”, lamentou Carlos Gonçalves.

Entre esses problemas, disse, está a deficiente recolha de lixo em muitos locais da cidade. “Temos sempre exigido junto da câmara os investimentos que são necessários. Alguns dirão que temos sido muito exigentes, outros dirão que temos sido brandos. Mas nem sempre é por fazermos bastante barulho que temos razão”, notou.

Carlos Gonçalves lamentou estar a celebrar a data numa “cidade cheia de lixo” e admitiu que a revolta e vergonha que a cidade sente sobre esse problema é a mesma que a sua. “Temos de exigir da câmara essa limpeza mas também exigir junto dos nossos vizinhos maior civismo. A nossa terra é muito bonita e a sua maior beleza são as suas gentes. Por isso cabe-nos a todos fazer a nossa parte”, pediu.

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, também ele residente em Alverca, reconheceu que há trabalho a fazer na recolha do lixo e justificou-se com a pandemia. “Não conseguimos fazer tudo o que queremos mas pelo menos esforçamo-nos para que a vida das pessoas seja a melhor possível”, admitiu, reforçando também a necessidade de haver solidariedade orçamental entre todos. “Se não fosse assim algumas freguesias que não têm a capacidade orçamental de Alverca teriam muitas dificuldades. Cabe-nos distribuir os fundos de forma equitativa”, explicou.

Um problema chamado aterro

A sessão solene foi também uma ocasião para distinguir figuras e instituições da comunidade com galardões de mérito. Entre eles esteve o movimento cívico O Estado de Arcena, pelo papel na luta pelo encerramento do aterro sanitário de Mato da Cruz. Glória Cordeiro, uma das representantes do movimento, agradeceu à população pela união demonstrada na luta pelo fecho daquele equipamento, que considerou ser um grave problema ambiental.

“Não posso deixar de agradecer a O MIRANTE por toda a ajuda que nos deu na divulgação das nossas preocupações. Foram os primeiros a noticiar que se preparavam para fazer uma pedreira naquela zona para ampliar o aterro, tudo nas costas da população. Por isso o nosso muito obrigado ao papel que a comunicação social desempenha na nossa comunidade”, elogiou.

Glória Cordeiro lamentou ainda os maus cheiros que ocasionalmente se sentem em Arcena por causa do aterro e espera que as promessas de encerramento no final deste ano sejam para cumprir, ao mesmo tempo que dedicou o galardão a outro membro do movimento, Nuno Teixeira. “Quando ninguém queria saber daquele problema estávamos nós a ir entregar ao Governo um abaixo-assinado contra o aterro com 3.500 assinaturas da população”, recordou.

Onze personalidades e entidades distinguidas

Este ano foram distinguidas onze personalidades: António Pinto (mérito autárquico); a banda Karpe Diem e o músico e dirigente associativo António Firme (ambos mérito cultural); os atletas Rui Damião e Sara Ferreira com mérito desportivo e, com o galardão de mérito empresarial, o restaurante Il Pizzaiollo e a loja Laura Plásticos. Foram ainda entregues galardões de mérito social ao dirigente da SFRA João Paulo Silva, ao movimento cívico O Estado de Arcena, à secção solidária do FC Alverca e, por fim, ao grupo Unir as Mãos, que luta contra a fome na freguesia.

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