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Amélia Grazina vive na angústia de ficar sem tecto
Amélia Grazina vai ficar sem casa em Agosto

Amélia Grazina vive na angústia de ficar sem tecto

Tem ordem de despejo para cumprir até Agosto e ficou fora do concurso de habitação social da Câmara de Benavente. Desesperada, foi à autarquia pedir ajuda. Presidente do município diz que os serviços estão a tentar encontrar uma solução.

A viver por caridade numa casa que pertence ao ex-marido, em Benavente, Amélia Grazina, de 62 anos, tem uma ordem de despejo para cumprir até final de Agosto. Aguardava há dois anos pela abertura do concurso de atribuição de habitação social em Benavente, mas soube agora que ficou de fora. Desesperada, foi à reunião do executivo camarário de 19 de Julho suplicar por uma solução.

“Estou desesperada. A única coisa que precisava era que me dessem a mão”, disse a mulher que está de baixa médica e tem uma filha a estudar na faculdade, em Coimbra. Já em Março de 2020 Amélia Grazina tinha estado presente numa reunião de câmara onde expôs a sua situação dizendo que iria acabar a dormir à porta da câmara municipal. “Já o tinha dito e infelizmente volto a dizê-lo, porque não me resta outra opção”, disse em lágrimas a O MIRANTE acrescentando que é “filha da terra” e está “cansada de rastejar por ajuda”.

O presidente do município, Carlos Coutinho, mostrou-se compreensivo com a situação e garantiu que a autarquia está a tentar encontrar uma solução para este e outros casos “graves” que ficaram de fora do concurso. Em cima da mesa poderá estar, adiantou, o arrendamento de habitações para que sejam disponibilizadas a estas pessoas.“Todos temos direito a uma habitação condigna”, vincou o autarca da CDU, explicando que têm em marcha uma candidatura ao programa 1º Direito para aquisição de 220 habitações e requalificação de outras duzentas, até 2026.

Inconformada com o resultado do concurso, ao qual concorreram 50 pessoas para sete habitações, Amélia Grazina vai recorrer da decisão. “Agarraram-se ao facto de ganhar 300 euros há dois anos, num part-time”, disse revoltada por ter ficado num dos últimos lugares acrescentando a O MIRANTE que não consegue suportar “os valores altíssimos das rendas” praticados em Benavente. No concelho estão identificadas 200 situações de carência habitacional e atribuídos 150 fogos de habitação social, o que, “comparativamente com outros municípios, é uma boa taxa, ainda que insuficiente”, considerou Carlos Coutinho.

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