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Falta de médico em Ulme acentua problema da saúde na Chamusca
Extensão de Saúde de Ulme, concelho da Chamusca, está sem médico há cerca de um mês deixando utentes sem consultas

Falta de médico em Ulme acentua problema da saúde na Chamusca

Problema tem motivado contestação por parte de autarcas e população. Actualmente há dois médicos a menos no centro de saúde, situação que tem levado ao adiamento de consultas e dificuldades ao nível do receituário médico.

Desde que se iniciou o processo de vacinação contra a Covid-19 na Chamusca, em Março de 2021, que os utentes do concelho têm tido muitas dificuldades em realizar consultas ou acesso às receitas médicas para os seus problemas de saúde. A falta de médicos no Centro de Saúde da Chamusca é a causa do problema e tem levado ao desespero os milhares de utentes que são obrigados a adiar consultas constantemente ou a estar em longas filas de espera para serem atendidos.

Os autarcas, nomeadamente os que fazem oposição ao executivo de maioria socialista, presidido por Paulo Queimado, têm mostrado a sua preocupação nas reuniões de câmara e assembleia, mas nunca recebem do presidente respostas com alternativas ou soluções para o problema.

A situação voltou a repetir-se na última sessão camarária, realizada a 13 de Julho, quando a vereadora da CDU Gisela Matias questionou o executivo sobre as razões para a extensão de saúde da freguesia de Ulme estar sem médico há cerca de um mês. Paulo Queimado disse estar “muito preocupado” com o que se passa na unidade de Ulme, acrescentando que actualmente estão a faltar dois médicos no centro de saúde uma vez que um se encontra de férias e o outro terminou o contrato de trabalho. O facto de ser necessário estar um médico totalmente afecto ao centro de vacinação também agrava as condições.

O autarca afirmou que o número de consultas está a cair drasticamente, assim como o acesso ao receituário. Considera que quem deve resolver a situação são as autoridades de saúde, nomeadamente o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) Lezíria do Tejo, através da contratação ou deslocação de novos profissionais.

O problema, que Paulo Queimado não abordou, é que têm sido lançados concursos para a admissão de mais profissionais, mas não há médicos interessados em trabalhar no concelho. As consequências são evidentes, estimando-se que existam cerca de duas mil pessoas sem médico, para uma população que já é inferior aos 10 mil habitantes em todo o concelho. A falta de médicos de família nas extensões de saúde nas freguesias do concelho é a situação mais preocupante e pode ter efeitos trágicos, por ser onde as pessoas vivem mais isoladas.

À Margem

Já ninguém acredita no presidente da Câmara da Chamusca

O presidente da Câmara da Chamusca está há cerca de dois meses a falar na iminência de um possível interessado ficar com a empreitada para a construção do novo Centro de Saúde da Chamusca. A ser verdade, marca um ligeiro avanço num projecto que foi anunciado em 2017 e que era para ter sido inaugurado em 2018, tal como o executivo fez questão de informar na altura através de um amplo outdoor colocado no local da obra.

O problema é que Paulo Queimado habituou mal as pessoas com as suas promessas, e consequentes incumprimentos, e já ninguém acredita na sua palavra. Importa recordar que o último projecto do novo Centro de Saúde da Chamusca, que vai situar-se na Avenida Gago Coutinho, num terreno perto do Bairro 1º de Maio, é de final de 2019, com um investimento total estimado de cerca de um milhão e 300 mil euros, valor muito superior ao inicialmente previsto caso a construção tivesse começado em 2017.

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