Nos últimos 12 anos a dívida da Câmara de Alcanena diminuiu cerca de 14 milhões de euros, passando de aproximadamente 19,7 milhões para 5,8 milhões de euros no final de 2020. Os números foram avançados pela presidente da Câmara de Alcanena na última sessão da assembleia municipal. A socialista Fernanda Asseiceira sublinhou que 2020 foi um ano muito difícil com um conjunto de despesas que não estavam previstas devido à pandemia de Covid-19.

A autarca aproveitou o momento para fazer um balanço dos seus três mandatos na sessão da assembleia municipal que deverá ser a última enquanto presidente da Câmara de Alcanena. Fernanda Asseiceira referiu que os investimentos mais relevantes realizados no concelho entre 2009 e 2021 tiveram um valor de mais de 44 milhões de euros. Destacou os apoios dados às juntas de freguesia e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) durante estes 12 anos e, sobretudo, no último ano devido à pandemia, que ultrapassou mais de um milhão de euros.

O balanço dos seus três mandatos no ponto que deveria ser para discutir e aprovar a prestação de contas de 2020 e orçamento para 2021 motivou algumas críticas da oposição. Os eleitos Ivo Santos (CDU) e Rui Anastácio (movimento Cidadãos por Alcanena), mostraram o seu desagrado pela intervenção extensiva de Fernanda Asseiceira e por não estar de acordo com o ponto da ordem de trabalhos. Ivo Santos referiu que algumas situações estruturais do concelho não foram resolvidas, nomeadamente a perda de população.

Fernanda Asseiceira esclareceu ser importante fazer um balanço quando está de saída da presidência do município que dirigiu nos últimos 12 anos. Vários autarcas deram os parabéns a Fernanda Asseiceira pelo seu trabalho à frente da Câmara de Alcanena. A bancada da CDU votou contra enquanto o movimento Cidadãos por Alcanena absteve-se na aprovação dos documentos.