uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Câmara de Alcanena perdoa dívida à Junta de Monsanto pela construção do mercado local

Freguesia ficou de pagar parte da obra, feita em 2002, mas cerca de 14 mil euros ficaram esquecidos. As contas ficam agora saldadas com a cedência do primeiro piso do edifício a uma IPSS.

A Câmara de Alcanena perdoou uma dívida de 14 mil euros à Junta de Freguesia de Monsanto relacionada com a construção do mercado de Monsanto, mas em contrapartida esta cede o primeiro piso do edifício à Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) “A Casinha” para ali funcionar um centro de dia.

A presidente do município, a socialista Fernanda Asseiceira, diz que o executivo municipal só aceitou o perdão da dívida de 14 mil euros porque o mercado vai passar a servir uma causa social. O assunto foi abordado na última sessão da assembleia municipal depois de ter motivado algumas críticas em sessão camarária por parte da oposição.

O presidente da Junta de Monsanto, Samuel Frazão (PS), explicou, durante a assembleia municipal, que após as eleições autárquicas de 2017 (que venceu pela primeira vez), a contabilidade da junta não registava qualquer montante em dívida ao município, tendo concluído que estava saldada. O erro só foi detectado em 2019.

Fernanda Asseiceira explicou que a obra do mercado de Monsanto custou 387 mil euros e a empreitada foi paga pelo município em 2002. “Na altura ficou acordado que a junta de freguesia devolveria 50% do montante até 2022. O valor era retirado mensalmente dos montantes que a Câmara de Alcanena transferia para a Junta de Monsanto, na altura em duodécimos. Eram deduções automáticas no valor de 480 euros mensais e que se mantiveram até que os acordos de transferências foram mudando. Actualmente as transferências para as juntas são feitas pela Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL)”, disse a autarca para justificar o facto de terem ficado por saldar 14 mil euros.

Em sessão camarária, o vereador do movimento Cidadãos por Alcanena, João Correia Pinto, questionou a maioria socialista do executivo municipal por que razão nos documentos o presidente da Junta de Monsanto referia que não conhecia a dívida. Samuel Frazão esclareceu que, quando tomou posse, em Outubro de 2017, a dívida tinha desaparecido dos documentos previsionais. “Assim que detectamos o erro a dívida em atraso foi regularizada”, sublinhou Samuel Frazão.

O presidente da Junta de Monsanto referiu também que a sua autarquia pagou mais de 100 mil euros à Câmara de Alcanena pela obra do mercado. O perdão da dívida pela construção do mercado de Monsanto, em 2002, foi aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal de Alcanena.

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido