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Novo medicamento na luta contra o cancro trouxe nova esperança a Tatiana Bond
Tatiana Bond diz que Olaparib foi o melhor medicamento que podia tomar para combater o cancro, luta que dura há vários anos

Novo medicamento na luta contra o cancro trouxe nova esperança a Tatiana Bond

A farmacêutica teve audição na Assembleia da República para que Olaparib possa ser acessível a quem luta contra o cancro.

Tatiana Bond voltou a ser a mãe que queria ser para os seus filhos. Tem energia e força para brincar e passear com eles. Tudo porque conseguiu o acesso ao Olaparib, um medicamento de combate ao cancro, doença com a qual luta há vários anos. Para ser utilizado, o Olaparib tem que ter autorização do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde – cuja utilização é de uso excepcional. Este medicamento tem demonstrado bons resultados nos doentes sem os efeitos secundários que a quimioterapia, por exemplo, implica.

A farmacêutica de profissão, natural do Cartaxo, tem lutado para que este medicamento possa estar acessível através do Serviço Nacional de Saúde. Neste momento, uma caixa de Olaparib, que dá para um mês, custa 7.500 euros sem autorização do Infarmed. Esta tornou-se a luta de Tatiana Bond que criou uma petição pública para o acesso a esse medicamento. A 23 de Junho teve uma audição na Assembleia da República onde expôs a situação. “Pedi ajuda aos deputados com quem falei para conseguirmos garantir e uniformizar o acesso ao Olaparib para todas as doentes que sejam elegíveis. Fiquei com esperança que o processo possa correr bem”, disse a O MIRANTE.

Tatiana Bond continua a tomar o medicamento e tem-se sentido bem. “As análises mostram que as metástases estão a responder bem ao tratamento”, explica, acrescentando que o Olaparib foi o melhor que lhe poderia ter acontecido na luta contra o cancro.

Batalha contra um cancro incurável

Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou (ver edição 13 de Abril de 2021), Tatiana Bond trava uma batalha contra um cancro incurável. Tinha 26 anos quando lhe foi diagnosticado o primeiro cancro, na mama. Cinco anos depois, já casada e com filhos, aparece novo cancro. Deste vez metástases no fígado. O oncologista disse-lhe desta vez que a doença era incurável e que não tinha mais de seis meses de vida.

“O médico disse-me para aproveitar o tempo que me restava a criar memórias com a minha família. Não sou capaz de explicar o que senti naquele momento. A primeira reacção é de muita tristeza, desespero e impotência. Fui-me muito abaixo nessa altura porque os meus filhos eram bebés e não me passava pela cabeça morrer”, recorda.

Deram-lhe seis meses de vida mas já passaram cinco anos. Decidiram regressar ao Cartaxo e Tatiana passou a ser acompanhada pelo serviço de Oncologia do Hospital Distrital de Santarém. “Salvaram-me a vários níveis. Não só com o tratamento do cancro mas também com a minha saúde mental. Disseram-me que o cancro era incurável mas que não ia morrer já amanhã e que havia tratamentos para fazer”, conta.

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