Centro de Negócios da Barquinha quase esgotado depois de anos sem procura
Área destinada à instalação de empresas, na freguesia de Atalaia, surgiu em 2008. Depois de muito tempo sem grande procura o último ano alterou o panorama com os lotes disponíveis a ficarem esgotados, o que levou ao alargamento daquela zona industrial, que começa a ficar novamente com poucos terrenos disponíveis para venda.
A pandemia parece ter aberto a porta do Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha, localizado na freguesia de Atalaia, com várias empresas a procurarem lotes naquele local para se instalarem. Sete empresas já estão em funcionamento, outras oito já têm projectos aprovados. Inicialmente eram 38 lotes que compunham o Centro de Negócios. Agora, após a expansão, são 50. Apenas cinco estão disponíveis.
Até 2017 pouca foi a evolução, sem empresas a mostrarem interesse pelo novo espaço. Ao contrário do que aconteceu durante o último ano, em que muitas empresas, portuguesas e estrangeiras, procuraram esta zona, de baixa densidade, para instalarem as suas sedes, tirando daí alguns benefícios. A proximidade à A13, à A23 e à ferrovia são mais valias importantes.
Actualmente os espaços disponíveis, que já têm saneamento, luz, gás e ligação à rede de telecomunicações, estão à venda por sete euros o metro quadrado, valor que está na média das zonas industriais dos concelhos vizinhos, e têm cerca de 3.000 metros quadrados cada um.
Oito novas empresas têm já projectos aprovados para iniciarem as obras no Centro de Negócios, sendo já visível o início de três delas. Desde mobiliário, produtos alimentares e canábis medicinal, várias são as empresas, de diferentes áreas, que estão a escolher a Zona Industrial de Atalaia para se fixarem.
O MIRANTE falou com um dos primeiros empresários a instalar-se no Centro de Negócios. O proprietário do Espaço Mecânico, Manuel Lourenço, confessou que a centralidade dos lotes, com a auto-estrada à porta e a linha férrea muito próxima é uma das grandes vantagens.
O facto de as empresas estarem isentas dos processos administrativos, assim como de taxas de Derrama, IMI e IMT, durante 10 anos é outra das vantagens para quem ali se instala.
A maioria das empresas opta por adquirir mais do que um lote. É o caso da VividFoods, ligada à indústria alimentar e uma das maiores empregadoras daquele Centro de Negócios, que vai adquirir mais dois lotes para juntar ao que já tem. São 130 os postos de trabalho gerados pela empresa, e, segundo O MIRANTE apurou, espera chegar, pelo menos, aos 150 com a ampliação agora prevista.
No total, as sete empresas já em funcionamento no Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha empregam 267 pessoas. Com a expansão prevê-se a criação de mais 500 postos de trabalho.
