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“As escolas têm de se libertar dos seus muros e estarem mais próximas da sociedade”
Rui Pires e Carlos Martinho fazem parte da direcção da FAPOESTEJO e têm como missão envolver pais e encarregados de educação na vida dos alunos

“As escolas têm de se libertar dos seus muros e estarem mais próximas da sociedade”

Rui Pires, presidente da FAPOESTEJO, diz que os pais e encarregados de educação estão mais preparados para lidar com o ensino em tempo de pandemia, embora assuma que ainda existe uma grande lacuna no que às associações de pais diz respeito.

As três sub-regiões abrangidas pela FAPOESTEJO - Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação do Oeste, Lezíria e Médio Tejo têm cerca de 900 escolas, dispersas por 36 municípios. No total existem cerca de 130 mil alunos, sendo que cerca de 13 mil (10%) têm necessidades educativas especiais.

Rui Pires, presidente da federação, afirma que o grande desafio do ensino neste momento é garantir o apoio social aos alunos mais desfavorecidos e que para isso acontecer é preciso evitar estratégias comuns e estimular o pensamento crítico. “As nossas escolas têm que se adaptar e reinventar rapidamente e dar um salto qualitativo procurando estar na linha da frente. As escolas têm de se libertar dos seus muros, estarem mais próximas da sociedade, criarem uma nova velocidade e têm que se desafiar a si próprias”, sublinha a O MIRANTE.

Num universo de cerca de um milhar de estabelecimentos de ensino, inseridos em 64 agrupamentos, existem apenas 130 associações de pais activas. O dirigente considera que o ideal seria existir uma associação de pais por cada escola, acrescentando que ainda existe dificuldade em consegui-lo porque não há acompanhamento e dinâmicas que incentivem à participação das famílias de uma forma activa e esclarecida no percurso dos alunos.

“O papel dos encarregados de educação é essencial e deve contribuir para encontrar respostas a problemas urgentes. Recordo que recentemente algumas associações de pais, em conjunto com os agrupamentos de escolas, estabeleceram uma ligação com autarquias e autoridades para chegar a alunos mais carenciados e que vivem mais isolados”, sublinha.

Na opinião de Rui Pires, o facto de os alunos terem aulas à distância, devido à pandemia, trouxe para os pais e encarregados de educação novos modelos de relação com os professores, embora outros tenham procurado que os seus educandos se tornassem mais autónomos uma vez que as tecnologias e as dinâmicas da gestão nas aulas assim o exigem.

“Muitos feedbacks que nos chegam demonstram que no início os professores pediam muitos trabalhos aos alunos e era difícil os encarregados acompanharem. Actualmente existe um método mais equilibrado, contudo é essencial a redução do currículo de forma que o aluno possa adquirir mais facilmente os conhecimentos”, vinca.

Um dos temas que mais preocupa o dirigente prende-se com os alunos do primeiro ciclo, que foram para a escola durante a pandemia, terem perdido competências sociais e educacionais de enorme valor uma vez que é o primeiro ciclo que lhes dá bases para realizarem um bom percurso escolar.

“As escolas têm de se libertar dos seus muros e estarem mais próximas da sociedade”

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