Fiz um pequeno périplo pelo Ribatejo percorrendo a emblemática e muito concorrida EN118, de Abrantes a Benavente, que segue quase paralela ao rio Tejo nessa extensão, e constatei que, salvo raras excepções, essa margem sul encontra-se muito mal aproveitada para o turismo e lazer que um grande rio pode proporcionar. O Escaroupim é verdadeiramente a única excepção que não nos deixa envergonhados perante turistas de outras paragens, onde há respostas com quantidade e qualidade mínimas para quem procura destinos alternativos nos dias de hoje. E na margem norte o panorama não é muito mais animador. A natureza dar-nos este recurso e não o sabermos aproveitar é como dar nozes a quem não tem dentes. Os nossos autarcas deviam ter vergonha na cara e fazerem do Tejo um desígnio regional.

José C. Reis