Tomar continua a ser o único município da região de maior dimensão que não tem uma incubadora de empresas e o assunto voltou à agenda política durante a reunião de câmara de 2 de Agosto. Luís Ramos, vereador do Partido Social Democrata (PSD), voltou a defender a implementação de uma incubadora de empresas, também conhecidas por startup, no concelho de Tomar, salientando a importância que têm para o desenvolvimento económico do território.

“Não se entende como é que Tomar não integra, por exemplo, a rede de espaços co-working à qual pertencem Abrantes, Mação, Ourém, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha”, disse. O autarca demonstrou ainda o seu desagrado por a autarquia ter desenvolvido o projecto “Ninho de Empresas de Tomar”, na antiga escola primária da Charneca da Peralva, fora da zona urbana, uma vez que “não vem dar resposta às reais necessidades dos empreendedores do concelho”.

Recorde-se que, em Julho de 2020, Luís Ramos defendeu a mesma ideia em sessão camarária. Na altura, a presidente do município, Anabela Freitas, viu com bons olhos a proposta da oposição, sublinhando que estavam a ser criadas condições para que, “a breve prazo, Tomar possa usufruir desta valência”. A autarca socialista falou ainda de uma parceria com uma empresa privada interessada na criação de uma incubadora, mas até agora não houve mais desenvolvimentos e o projecto continua na gaveta.

As incubadoras de empresas têm como objectivo a criação ou o desenvolvimento de pequenas empresas apoiando-as nas primeiras etapas da sua actividade, dando-lhes condições para poderem criar e desenvolver novas ideias de negócio. No distrito de Santarém existem cerca de uma dezena de incubadoras de empresas ou parques de negócio, nomeadamente em Abrantes, Almeirim, Azambuja, Cartaxo, Coruche, Torres Novas, Santarém, Ourém e Rio Maior. De acordo com o site da NERSANT só nos três últimos concelhos, que fazem parte da Startup Ribatejo, existem mais de 50 empresas incubadas.