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Museu da Tauromaquia em Vila Franca de Xira continua em ponto morto
Museu da Tauromaquia continua a ser um tema polémico em Vila Franca de Xira e ficou mais quatro anos na gaveta

Museu da Tauromaquia em Vila Franca de Xira continua em ponto morto

Processo de criação do museu dava uma novela. Desentendimentos entre aficionados tem feito arrastar o processo e Alberto Mesquita vai sair da câmara sem concretizar um dos seus objectivos.

Entre arrufos, intrigas e frustrações o actual mandato autárquico vai chegar ao fim sem que Vila Franca de Xira tenha conseguido criar o tão ambicionado - e inédito na região - Museu da Tauromaquia.

Era um sonho e uma ambição pessoal que o presidente da câmara, Alberto Mesquita, queria concretizar antes de terminar o mandato mas não conseguiu depois dos aficionados nunca se terem entendido sobre o assunto. O autarca acredita que os aficionados “terão de se entender” no futuro se quiserem vir a ter um museu dedicado à festa brava no concelho mas deixa um desabafo a O MIRANTE: “Cometi um erro que foi falar com demasiada gente. Se tivesse decidido avançar à minha maneira o museu já estaria feito e aberto ao público. Mas a democracia é isso mesmo e devemos ouvir as pessoas”.

O autarca, que em tempos admitiu sair desgostoso e frustrado com o assunto, mostra-se agora em paz consigo próprio notando que fez tudo o que estava ao seu alcance para concretizar o sonho do Museu da Tauromaquia.

“Nestas matérias da tauromaquia as opiniões são díspares e muito aguerridas. Eu estava muito animado e convicto que era possível fazer o museu mas depois houve coisas que me desagradaram. Certamente que agora as pessoas envolvidas no assunto vão retomar esse processo e cá estaremos para ver no que dá”, frisa o autarca.

Nem uma moção aprovada por maioria na assembleia de freguesia em Janeiro de 2019, exortando o executivo a cumprir a promessa de instalar o museu na cidade, foi suficiente para fazer o projecto avançar.

Os aficionados escolhidos para a comissão de criação do museu nunca se entenderam e não tiveram a capacidade de se unirem e discutirem o tema desapaixonadamente. Sem consensos à vista e com discussões acaloradas nos últimos anos, onde nem faltaram as ameaças de pancadaria, Alberto Mesquita atirou a toalha ao chão e deixou fugir o sonho.

Uma das ideias do autarca era concretizar o museu na praça de toiros Palha Blanco, no espaço que antigamente foi ocupado pelo restaurante Redondel. Uma solução que não agradou à maioria.

Terra de toureiros, forcados, ganadeiros, campinos, recortadores e aficionados, Vila Franca de Xira não tem um museu dedicado à festa brava que agregue o espólio de todos eles. Defender a festa brava, eternizar as suas maiores figuras e contribuir para a projecção nacional e internacional da tauromaquia, cidade e região eram outros dos objectivos do museu.

A cidade tem alguns espaços museológicos dedicados à afición, como a Casa Museu Mário Coelho e as próprias tertúlias da cidade, tendo agora também diversos bustos na rua alusivos aos seus matadores de toiros mais icónicos. A propósito do seu centenário, também os forcados amadores da cidade pretendem avançar com a requalificação da sua tertúlia adaptando-a em pequeno museu dedicado à sua história.

Museu da Tauromaquia em Vila Franca de Xira continua em ponto morto

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